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Países montam programa cultural do bicentenário de independências

Na XIII Conferência Iberoamericana de Cultura, ocorrida em Buenos Aires, este fim de semana, A Organização de Estados Iberoamericanos (OEI) apresentou “Um projeto para a década dos Bicentenários – O desenvolvimento da Carta Cultural Iberoamericana”. O objetivo do documento foi pautar uma linha de ações em comum na política cultural dos países latino-americanos, na década em que a maior parte deles comemora 200 anos de independência.

A Argentina comemora, este ano, o bicentenário de sua independência, assim como o México. No ano que vem será a vez do Paraguai. O Brasil irá comemorar o seu bicentenário de independência somente em 2022.

Algumas das principais propostas apresentadas pela OEI são: ampliar ações que envolvam patrimônio e turismo; fortalecimento da indústria cultural e investimento nas novas tecnologias digitais.

O ministro brasileiro da Cultura, Juca Ferreira, propôs “dar tempo para aprofundar o documento” e discuti-lo em cada um dos países, o que foi aceito. “Não podemos pensar um plano sem respeitarmos as diferenças entre os países”, concordou Mirna Castro, ministra da Cultura da Guatemala.

O ministro brasileiro fez algumas propostas de alteração do documento, como em relação ao ponto do turismo, que “não se relaciona apenas com o patrimônio. A criatividade das populações locais constitui uma parte do atrativo a visitar qualquer cidade. E o patrimônio, em si, não se relaciona só com turismo, mas com outras formas de desenvolvimento econômico”.

Em sua opinião, o documento deve deixar claro o entendimento de que a cultura é “nossos valores e capacidade de compreender o mundo. Nesta década, nosso principal desafio é transportá-la para o centro do desenvolvimento humano”, afirmou Juca Ferreira. Também destacou que é importante, no plano, “localizar o papel do Estado” nesse projeto.

A decisão final foi de que cada país discutirá o documento nos próximos dois meses, para voltar a apresentar propostas de alteração à OEI.

Fonte: MinC