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Venezuela indeniza multinacional suíça nacionalizada

A Venezuela vai compensar a empresa suíça do setor de cimento Holcim em US$ 650 milhões pela nacionalização, em junho de 2008, de sua filial venezuelana. "A Holcim assinou um acordo com a República Bolivariana da Venezuela que determina os termos do pagamento de uma compensação pela nacionalização da Holcim Venezuela C.A em junho de 2008", afirma um comunicado.

"O valor total da compensação acordada é de US$ 650 milhões. Um primeiro pagamento de US$ 260 milhões já foi recebido", completa o texto.O restante será pago em quatro cotas anuais, segundo a empresa, uma das gigantes do setor de cimento.

Um porta-voz da Holcim, Peter Gysel, não quis revelar o valor exigido a princípio, mas destacou que a quantia acordada não alcança o valor da sucursal do grupo suíço no mercado.

Socialismo bolivariano

"Consideramos que é certamente inferior ao valor de mercado", disse Gysel à AFP. Com o acordo, a Holcim suspendeu o processo que havia iniciado no Tribunal Arbitral do Banco Mundial (CIADI).

A partir de 2007, o governo Hugo Chávez intensificou o processo de estatização de setores estratégicos da economia como a energia elétrica, as telecomunicações, a siderurgia e a indústria do cimento.

É um passo fundamental para a concretização e consolidação da revolução bolivariana, que declarou o objetivo de implantar o socialismo no país. A orientação política da nação, sob a presidência de Chávez, é radicalmente oposta à filosofia neoliberal e traduz uma revolução democrática das instituições e do modo de produção na Venezuela.

O presidente venezuelano está convencido de que “o capitalismo é perverso” e engajado na viabilização de um novo sistema econômico, político e social. “Eu defendo o socialismo, um sistema mais humano, mais justo para os povos”, declarou durante reunião do Mercosul ocorrida no início de julho. “Na América do Sul”, complementou, “nós precisamos de uma integração mais solidária e baseada no princípio da complementariedade. Devemos nos ajudar uns aos outros”, complementou.

Da redação, com agências