Estudantes rechaçam presença militar dos EUA na Costa Rica
O Conselho Superior da Federação de Estudantes da Universidade da Costa Rica expressou, nesta segunda-feira, seu rechaço à chegada de tripulações e navios estadunidenses no território nacional sob o pretexto de combater o narcotráfico.
Publicado 05/08/2010 10:26
A presença de sete mil efetivos, 46 navios de guerra e mais de 200 helicópteros viola a Constituição além de intimidar a cidadania, advertiram os estudantes em um pronunciamento publicado pelo diário digital costarriquense El país.
Esse órgão estudantil recordou que a Carta Magna, em seu artigo 12, proscreve o exército como instituição permanente e estabelece que são as forças policiais, e não as militares, as encarregadas da vigilância e da ordem pública. Ademais, a Federação universitária qualificou como desmedido e desnecessário o desdobramento bélico sob pretexto da luta antinarcóticos.
"O contexto geopolítico localiza o território nacional como uma posição geográfica estratégica que – utilizada por alguma força armada – facilitaria a agressão a outros países", advertiu o Conselho Superior.
No mesmo sentido se pronunciou o cientista político Rodolfo Cerdas, para quem autorizar a presença de navios e forças navais estadunidenses envolve a Costa Rica em uma estratégia militar desconhecida e alheia a seus interesses.
No final de julho passado, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, alertou sobre a existência de planos de agressão de Washington contra seu país, utilizando como ponta de lança o governo colombiano.
De acordo com o mandatário, as bases militares do Pentágono na região e o desdobramento de um forte contingente na Costa Rica fazem parte dos projetos bélicos organizados nos Estados Unidos.
Fonte: La Voz del Sandinismo, reproduzido por Adital