Lula pede dedicação total dos ministros até fim do mandato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (2/8) a seus ministros, durante reunião de coordenação do governo realizada em Brasília, que priorizem as ações do governo até o final do ano, principalmente obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), investimentos estratégicos da Petrobras e programas sociais.
Publicado 02/08/2010 18:33
Lula determinou à ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que realize reuniões bilaterais e setoriais para acompanhar as ações do governo. Segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lula ressaltou que sua equipe de governo “tem contrato” até dia 31 de dezembro.
– O presidente quer que os ministros se dediquem integralmente às ações de governo, todo mundo tem contrato até 31 de dezembro. […] O presidente não quer que nenhuma tentação possa mudar o foco dos ministros.
O ministro participou hoje da reunião do presidente com o grupo de coordenação política. Além de Padilha e Erenice Guerra, participaram da reunião os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Defesa, Nelson Jobim e da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, além do vice-presidente, José Alencar.
Segundo Padilha, o presidente está feliz com a popularidade do governo, mas disse que não é momento de comemorar e sim de trabalhar.
– Quando o time ganha ele [Lula] não quer que os jogadores passem a noite comemorando, quer que no dia seguinte eles se reúnam e voltem a treinar para pensar na próxima partida.
O ministro fez questão de separar a avaliação do governo com a da campanha eleitoral da candidata à Presidência, Dilma Rousseff. Na tentativa de distanciar as discussões dos dois temas, Padilha disse que o presidente Lula comemorou o resultado da pesquisa de intenção de voto, feita pelo Ibope, que mostrou a candidata do governo, Dilma Rousseff, cinco pontos à frente do candidato do PSDB, José Serra. A sondagem foi divulgada no último final de semana.
Mesmo assim, segundo Padilha, o presidente reforçou a necessidade de se manter a humildade, lembrando que pesquisa é o foco do momento e que a disputa será acirrada. Lula recomendou também, segundo o ministro, não baixar o nível da campanha e não chegar ao nível de agressão e ataques que setores da oposição tentaram, e não foi bem recebido pelas pesquisas.
Com relação ao esforço concentrado do Congresso Nacional para este início de agosto, o governo, disse Padilha, espera que sejam aprovadas, na Câmara, quatro medidas provisórias ligadas às Olimpíadas e à capitalização do BNDES. No Senado, a expectativa é de aprovação da proposta de criação da Secretaria de Saúde Indígena.
Sobre a viagem do presidente hoje à tarde para a Argentina, para a reunião da Cúpula do Mercosul, Padilha disse que o Brasil vai assumir a presidência do grupo. Segundo o ministro, o presidente está feliz com o posto e quer aumentar a capacidade de diálogo com os países vizinhos.
Fonte: R7