Parlamento cubano debate economia da ilha
O Parlamento cubano discute, a partir desta quinta-feira, nas 12 comissões permanentes, temas decisivos para o país, especialmente acerca do difícil desempenho da economia, como um preâmbulo para a sessão plenária a ser realizada no próximo domingo, na qual é esperado um discurso do presidente Raúl Castro.
Publicado 29/07/2010 10:31
A reunião do Parlamento acontece no momento em que Cuba atravessa uma crise de liquidez – que deteve os pagamentos a fornecedores estrangeiros -, um déficit comercial, a redução dos preços de suas exportações e o colapso da safra açucareira.
Diante da situação, espera-se que Raúl Castro – que se absteve de falar na última segunda-feira, durante o ato pelo 57 º aniversário do assalto ao quartel Moncada -, faça, no domingo, uma referência às questões sobre as reformas econômicas sinalizadas há quatro anos.
Segundo a imprensa local, os ministros e outros líderes informarão aos membros da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos sobre a execução do orçamento do Estado no primeiro semestre de 2010, a baixa produtividade no trabalho e a substituição de importações.
O Ministério dos Transportes vai informar aos parlamentares sobre a experiência de arrendar táxis aos motoristas, enquanto o do Comércio Interior falará a respeito do arrendamento de barbearias, programa que começou a operar em caráter experimental há três meses para estimular o deficiente setor de serviços.
As comissões parlamentares, 12 no total, examinarão também a produção e venda de agroalimentos, na qual existem queixas sobre a oferta insuficiente, os altos preços e as más condições dos produtos por deficiente manipulação e transporte.
Outros temas a serem discutidos são a planejada divisão da província de Havanaem duas, Mayabeque e Artemisa, um novo código de segurança rodoviária e um relatório sobre as queixas, solicitações e sugestões da população, entre outros assuntos.
O presidente da Comissão de Relações Internacionais, Ramón Pez, adiantou que esse grupo analisará a situação atual do Haiti, a colaboração estrangeira em vários municípios cubanos e o papel da Organização das Nações Unidas na solução dos problemas da humanidade.
"Também debateremos a relação de Cuba com a União Europeia, os planos bélicos dos Estados Unidos contra o Irã e a Coreia do Norte, sobre os nossos antiterroristas presos em cárceres norte-americanos e a mudança climática", sustentou.
Com La Jornada e Prensa Latina