Chapa em MG é a do Brasil que deu certo, diz candidato ao Senado
Em entrevista ao Vermelho Minas Gerais, o candidato ao Senado pelo PCdoB, Zito Vieira, fala da posição do PCdoB, dos desafios da coligação e da esperança de renovação no Congresso. "Esta chapa é a chapa do Lula. É a chapa do Brasil que deu certo", explica.
Publicado 14/07/2010 11:20 | Editado 04/03/2020 16:50
Cientista político e vice-presidente do PCdoB em Minas Gerais, José Zito Viera milita no partido há mais de 25 anos. Zito como é conhecido, foi destacado dirigente do movimento estudantil na década de 80 e um dos principais responsáveis pela construção e consolidação do partido comunista em Minas nos anos 90.
O comunista é o candidato apresentado pelo PCdoB para compor uma das vagas do Senado da República na frente que integra também PT e PMDB e tem como candidato ao governo os ex-ministros Hélio Costa e Patrus Ananias, além do ex-prefeito Pimentel também como candidato ao Senado.
Confira a íntegra dessa conversa.
Como esta o posicionado o PCdoB na largada das eleições de 2010?
Zito Vieira – O PCdoB passou os últimos meses lutando pelo palanque único, julgamos uma vitoria quando temos essa unidade em nome do Helio Costa, essa foi nossa prioridade. A candidatura foi super vitaminada pela entrada do nosso querido companheiro Patrus Ananias, que representa muito bem os valores e compromissos da esquerda brasileira. Esta chapa é a chapa do Lula. É a chapa do Brasil que deu certo. Nosso time ainda tem o reforço de outra grande figura, o ex-prefeito Fernando Pimentel que é o candidato indicado pelo PT para ocupar uma das vagas ao Senado. O PCdoB surge nesta eleição como uma novidade boa. Representaremos nesta grande aliança, a opinião da esquerda brasileira. Nossa candidatura será a candidatura do povo, temos uma missão de fazer do Senado um lugar mais ligado a realidade dos brasileiros. Serei o candidato do projeto de Lula.Os avanços que vivemos não podem ser ameaçados por um projeto de direita que pode desconstruir todo o plano que está levando o Brasil a este desenvolvimento. Nossa candidatura já está consolidada e garantida nessa vitoriosa frente de coalizão progressista que formamos em Minas.
Qual será a papel dos comunistas na campanha ao Senado?
ZV- Nossa campanha é pra discutir o Brasil, e principalmente Minas. O Brasil cresceu a taxas espetaculares e tem otimista projeção para o futuro, já nosso estado não consegue os mesmo resultados. Minas não pode se acomodar e exportar prioritariamente Commodities, não tem valor agregado na exportação mineira. Falo de desenvolvimento econômico. Não imagino distribuição de renda e nem democracia sem a participação do povo, o governo Lula dá uma demonstração de nossa vitória quando incorpora doze milhões de trabalhadores no mercado de trabalho. Minas não pode ficar em uma posição subalterna em relação à economia nacional. Nossa campanha esta relacionada a isso, a essa nova Minas. Porem não vamos fugir do debate do meio ambiente, da juventude, da saúde publica e da educação bandeiras históricas do PCdoB. O Senado hoje é uma Câmara dos Lordes, lugar de fim de carreira para caciques políticos. Penso que essa casa não pode ser sinônimo de aposentadoria, o Senado tem que ser renovado esse é o sentimento da grande maioria do povo.
O que representa para os comunistas a candidatura dos ministros Helio Costa e Patrus Ananias para o governo do estado?
ZV- Grande vitória das frentes progressistas e populares. É preciso entender que fizemos uma aliança com dois gigantes, figuras de peso da política mineira. Ambos são pessoas queridas e conhecidas pelo povo. São dois ministros vitoriosos do governo Lula contra o representante do projeto mais nefasto que o Brasil já viveu, me refiro ao período Tucano. Essa candidatura aponta para a oportunidade histórica das forças progressistas governarem o estado de Minas e ainda reforça de maneira extraordinária nosso compromisso maior que é a eleição da Ministra Dilma Rousseff para presidente do Brasil.
De que maneira isso colabora para o projeto nacional?
ZV- Dilma terá em Minas um palanque forte, composto por pessoas sérias e respeitadas pelo povo, o PCdoB entende que esse também é o momento de nos preocuparmos com nossas candidaturas a deputados estaduais e federais. Dilma precisa de deputados federais e senadores, Helio Costa vai precisar de maioria na Assembléia. O projeto nacional está ameaçado se não tivermos maioria nas casas legislativas. O PCdoB pensa isso.Temos que somar forças, consolidar as trincheiras das pessoas que querem fazer deste estado um instrumento a serviço do povo e não uma maquina de estatísticas e propagandas.
De Belo Horizonte,
Pedro Leão