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Governo manda verbas, alimentos e remédios para Nordeste

O presidente Lula ordenou ontem a liberação de R$ 100 milhões aos governos de Pernambuco e de Alagoas para que adotem ações emergenciais em favor das populações atingidas e das cidades destruídas pelas águas. Em cada estado a Defesa Civil já recebeu R$ 25 milhões. A próxima parcela será liberada assim que os estados concluírem os relatórios sobre os danos causados pelas chuvas e as enchentes.

O governo decidiu também enviar à região 75.000 cestas básicas, material para primeiros socorros, medicamentos e também pontes móveis para facilitar o deslocamento dos moradores. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Social resolveu antecipar o pagamento do Bolsa Família para os beneficiários dos municípios atingidos. E 400 homens da Força Nacional estão prontos para embarcar para Alagoas e Pernambuco tão logo sejam chamados a ajudar no atendimento, na logística, na distribuição de alimentos, reconstrução de pontes e instalação de geradores de energia elétrica.

A prioridade em Alagoas e Pernambuco é garantir água potável, alimentos e restabelecer a energia elétrica.

Os relatórios divulgados ontem pela Defesa Civil de cada estado informam a morte de 41 pessoas – 29 em Alagoas e 12 em Pernambuco. Mais de 68.000 moradores estão fora de casa – 42.360 em Pernambuco e 26.141 em Alagoas. Pelo menos 607 pessoas, segundo a Defesa Civil, estão desaparecidas em Alagoas. Em território alagoano, 15 municípios estão em situação de calamidade pública. Em Pernambuco, nove se encontram em estado de calamidade e 30 em situação de emergência.

Na cidade pernambucana de Barreiros, onde a população está isolada e sofre a falta de moradias, de água potável e de energia elétrica, começa a funcionar hoje um hospital de campanha que a Aeronáutica montou e que tem capacidade para atender 400 pessoas por dia.

Burocracia retarda ajuda

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou ontem que o governo enviará ao Congresso, em 45 dias, uma proposta para simplificar os trâmites necessários à transferência de recursos aos órgãos de Defesa Civil quando ocorram enchentes e outras catástrofes

“Estamos preparando mudanças sistemáticas para envio de verba à Defesa Civil. Percebemos que a sistemática é muito burocrática”.

Hoje a liberação de verbas é imediata em caso de socorro, mas os recursos para reconstrução somente são liberados depois que os governos estaduais detalham os danos em relatórios ao Ministério da Integração Nacional. No caso de enchentes, os estragos só podem ser estimados depois que as águas baixam. E a análise dos documentos para liberação da verba demora, pelo menos, um mês.

Fonte: Brasília Confidencial