Sanções contra o Irã serão piores para o Ocidente, diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, disse nesta quarta-feira (9) que as potências ocidentais serão as únicas a sentir a pressão das novas sanções impostas contra Teerã.
Publicado 09/06/2010 16:44
Nesta quarta, os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas votaram o esboço de uma resolução apresentado pelos Estados Unidos com novas sanções contra o Irã, por ter o país dado continuidade às atividades de enriquecimento de urânio.
A sessão terminou com os votos contrários de Brasil e Turquia, além da abstenção do Líbano.
Horas antes da resolução passar por votação no CS, Mottaki contou a reporteres que o acompanhavam em sua viagem à Irlanda que aqueles que votaram a favor de novas sanções contra o Irã iriam ter de encarar as consequências de sua decisão.
"Isso mostra que a lógica da diplomacia iraniana levantou-se em desafio contra o Ocidente", notou. "Tomar tais medidas é um engano e só acrescentará mais pressão sobre o Ocidente", avaliou.
"A conferência nuclear de Teerã mostrou muito claramente que o Irã sempre manteve a dianteira em relação à diplomacia internacional", disse, referindo-se à conferência de dois dias "Energia Nuclear Para Todos, Armas Nucleares Para Ninguém", realizada em abril com o objetivo de promover o desarmamento nuclear no mundo.
As potências ocidentais acusam o Irã de ter a intenção de desenvolver armas nucleares no futuro.
Como país signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, o Irã insiste que nem acredita em armas atômicas, nem, por princípios religiosos, tenciona fabricar ou acessar armas de destruição em massa.
Da redação, com informações da Press TV