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 ‘Fim de semana hip-hop’ agita Aracaju

Os programas Império Periférico, da Aperipê FM 104,9, e Periferia, da Aperipê TV, promovem o Fim de Semana Hip-Hop. A programação envolve o Baile Black nesta sexta, 28, a partir das 18h, no Beco dos Cocos, e também um show com grupos de rap no sábado, 29, às 18h, na área entre o Mercado Thales Ferraz e o Mercado Albano Franco. 

A programação conta, ainda, com o lançamento local do edital Prêmio Hip-Hop, edição Preto Ghóez, e do segundo volume do livro ‘Hip hop a lápis, literatura do oprimido’, organizado pelo rapper Toni C., ambos neste domingo, 30, a partir das 13h, no auditório Santos Mendonça, na Fundação Aperipê.

No Beco dos Cocos, o Baile Black na sexta vai contar com grupos de dança, além dos Bboys (dançarinos de hip hop) Afrostyle e RSD Crew. A música dançante será tocada pelos DJs Rodrigo (Inquérito/ São Paulo), Branco (Evolução Hip Hop/ Salvador), e ainda os sergipanos WJAY, Scello e JB.

No sábado, se apresentarão no Mercado Thalez Ferraz, além do grupo paulista Inquérito, os grupos Mensagenegra, Família Miograu, Jimmck, Diconduta, Somarias, Impacto Profundo, Royal Player e Esquema do Mangue. Já no domingo, além do lançamento do livro Hip-Hop a Lápis, será realizada uma oficina de capacitação para os interessados em concorrer ao edital Prêmio Cultura Hip-Hop. A oficina, assim como o lançamento do livro, acontece no auditório Santos Mendonça, na Fundação Aperipê.

Lançado nacionalmente pelo Ministério da Cultura no início do ano, o Prêmio Cultura Hip Hop conta com recursos de R$1,7 milhão e contemplará iniciativas individuais e de grupos nas categorias Reconhecimento, Socioeducativa (Escola de Rua), Geração de Renda, Difusão/Conhecimento (5° Elemento) e Difusão – Menções Honrosas. O prêmio é uma homenagem ao falecido rapper Preto Ghóez, que saiu do Maranhão para São Paulo em busca de discussões políticas e se tornou um dos líderes do Movimento Hip-Hop organizado.

Segundo o rapper Hot Black, apresentador dos programas Inquérito e Periferia, o movimento hip-hop só tem crescido nos últimos anos. “Apesar de o rap existir no Brasil desde 1985, o seu alcance se limitava às periferias, aos guetos. Só a partir da recente década que o rap conseguiu ter um debate maior com as forças políticas. É da nova visão de participação dessa cultura e dessa juventude nas discussões políticas e nos mais diversos espaços que programas como o Império Periférico e o Periferia surgiram”, afirma Hot Black.

O apresentador afirma que o programa de rádio Império Periférico, transmitido nos domingos das 17h às 19h na Aperipê FM 104,9, chega a receber 80 ligações numa só edição e já vai completar três anos em junho. “O programa é um espaço aberto aos artistas que não tem a oportunidade de tocar suas músicas nas rádios comerciais”, declara Hot Black. Já o Periferia é exibido há dois anos e pode ser conferido todo sábado, às 15h, com reprise na terça, às 20h. “É muito gratificante quando a gente passa nas comunidades e vê o pessoal reproduzindo a assinatura do programa”, comenta, referindo-se à expressão ‘Salve, manos e manas’.

Tatiana Hora
Assessoria de Comunicação
Fundação Aperipê de Sergipe