Ceará sobe para o segundo lugar em doação de órgãos no País
O Ceará registra nos últimos três anos só boas notícias na área de doação e transplantes de órgãos e tecidos. A mais nova revelação é que o número de doadores efetivos aumentou de 11,2 em 2009 para 19,1 por milhão da população, no primeiro trimestre deste ano.
Publicado 18/05/2010 12:50 | Editado 04/03/2020 16:33
Fica abaixo apenas de São Paulo, com 22,0 doadores efetivos. Antes o Ceará ficava abaixo de três Estados – Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e ainda do Distrito Federal.
Para o secretário da saúde, Arruda Bastos, diversos fatores contribuem para o crescimento do número de doações. Ele destaca a sensibilização das famílias cearenses, que com mais informações sobre o processo de doação, estão ficando cada vez mais solidárias. “E aqui a imprensa tem sido um importante aliado porque é recorrente na abordagem do tema, mobilizando a população para o ato de doar e salvar vidas”, afirma Arruda Bastos. Outro fator que contribui para elevar o número de doadores é a descentralização dos serviços de captação dos órgãos e tecidos no interior. Há pouco mais de um ano a captação é realizada em Sobral e no Cariri, com o transporte aéreo dos órgãos para a capital garantido pela Casa Civil do Estado.
Com mais doadores, as possibilidades de realização de transplantes aumentam. Este ano, até a última segunda-feira, 17, já foram realizados 315 transplantes de órgãos e tecidos no Estado. Em 2006, durante todo o ano, foram feitos 446 transplantes. Nos anos seguintes – 2007, 2008 e 2009, a Central de Transplantes do Estado comemorou recordes sucessivos. Em 2007, foram 618 transplantes, 739 em 2008, pulando para 767 em 2009, ano em que o Ceará ficou em primeiro lugar no ranking nacional em transplante de coração por milhão da população.
Dos 315 transplantes feitos este ano, 160 são de córneas e 45 de fígado. Nesse mesmo período do ano passado, de janeiro a meados de maio de 2009, o número de transplantes de fígado não chegava a metade. Ficou em 17. De dezembro para cá o Hospital Geral de Fortaleza, após credenciamento do Ministério da saúde, passou a realizar transplantes de fígado. Fez a fila andar para cinco pessoas, que ganharam fígado saudável.
O sentimento de doação deve se manter crescente. Há 1.233 pessoas na fila de espera por córneas, fígado, coração, rim, medula óssea. A maior fila de espera é por córneas, com 727 pessoas. Logo em seguida vem a fila de rim, com 279 pacientes que sofrem nas máquinas de hemodiálise.
Fonte: Assessoria de imprensa da Sesa