Sem categoria

Decisão do PSB de lançar SKaf ajuda definir chapa de Mercadante

O PSB fechou questão e lança na próxima semana o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, como pré-candidato do partido ao governo paulista. Com isso, encerra temporariamente a possibilidade de acordo com o PT para o primeiro turno das eleições de outubro. A pré-candidatura vai à convenção, em junho, para ser efetivada.

O lançamento, que está previamente marcado para 22 de maio, pode ser antecipado para o dia 18. O local provável é a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. "Vamos fazer o lançamento da pré-candidatura e queremos confirmar o nome de Skaf na convenção, em junho", afirmou o deputado federal Márcio França, presidente do PSB no Estado.

De acordo com França, a decisão já está tomada. "Já batemos o martelo em relação a isso. Nosso partido terá candidato próprio ao governo, que é o Paulo Skaf. Para o Senado, vamos lançar o Gabriel Chalita".

França afirma que já encerrou as negociações com o PT, que até então tentava atrair o PSB indicando Paulo Skaf como vice do senador Aloizio Mercadante na disputa pelo governo estadual e Gabriel Chalita como companheiro de chapa de Marta Suplicy para o Senado. Sozinho na disputa, o PSB tem como opção de aliança apenas o PTB, que também está na mesma situação. O senador Romeu Tuma (PTB-SP) busca espaço para se candidatar à reeleição e, por enquanto, não teve seu nome aceito pela coligação de direita que se formou em torno do candidato do PSDB ao governo, Geraldo Alckmin.

Agora que o PSB decidiu ter candidatura própria, não há mais obstáculos para o PT selar sua aliança com os demais partidos que integram a base de apoio ao governo Lula no estado. O PCdoB aguardava a definição do PSB para ratificar o seu apoio a Mercadante e indicar Netinho de Paula para concorrer ao Senado ao lado de Marta Suplicy.

A direção do PCdoB está negociando com a direção petista a organização de um ato para anunciar a aliança. Mas ainda não há formalização de acordo. 

No último sábado, o PDT indicou o nome de Manoel Antunes, ex-prefeito de São José do Rio Preto, e da vereadora de Piracaia Eunice Cabral, como postulantes à vaga de vice na chapa de Mercadante.

Mercadante ganha apoio do PSDC

Em evento realizado em Osasco na segunda-feira (10/05), o PSDC oficializou seu apoio à pré-candidatura de Mercadante ao governo de São Paulo. "Admiro como Mercadante defende com força suas ideias, como aponta caminhos, pela lealdade com os companheiros e fidelidade ao seu partido. É admirável como pessoa, como líder, como parlamentar atuante", afirmou José Maria Eymael, presidente nacional do PSDC e pré-candidato à presidência da República.

Mercadante destacou a importância do novo partido aliado, que tem 133 mil filiados, nove prefeitos e 353 vereadores no país, além de participar da administração de cidades importantes do interior de São Paulo. "O PSDC tem história, a Social Democracia vem de longa luta no mundo e na América Latina, como na Venezuela, América Central e Chile. Esse novo aliado traz experiência e valores importantes. Eymael vem da tradição democrática e de atitude, de grande compromisso social. Foi um dos parlamentares mais destacados durante a Constituinte, apresentando propostas fundamentais para os trabalhadores. Me sinto muito honrado com esse apoio", disse o senador. Agora, a aliança que apóia a pré-candidatura de Mercadante chega a 10 partidos: além do PSDC e do PT, completam o grupo o PDT, o PCdoB, PR, PRB, PRP, PSL, PTdoB e o PPL (Partido Pátria Livre, oriundo do MR-8).

"São três os motivos que levam o PSDC a querer Mercadante como governador de São Paulo", frisou Eymael. "Primeiro, porque ele compartilha do compromisso maior do nosso partido, que é a família e suas necessidades essenciais, o emprego, educação, saúde, segurança. Segundo, que defendemos esse novo modelo de gestão pública para o país e o estado, a serviço das pessoas. Vemos no senador um servidor. E, por fim, Mercadante tem, indiscutivelmente, toda condição de governar São Paulo. Estivemos juntos no Congresso, na Comissão de Finanças e Tributação, e observei nele uma figura equilibrada, inspiradora e que, apesar de muito calma, é capaz de se transformar em um gigante", acrescentou. Sobre a aliança com o PT, Eymael disse que vê "com naturalidade", pois a Social Democracia apóia "forças transformadoras como o PT", e deu como exemplo alianças entre os dois partidos em cidades como Osasco, Guarulhos, Diadema, São Bernardo, Mauá, Sumaré e Hortolândia.

Leia também: Mercadante: o cenário de 2010 é muito mais favorável para nós

Fonte: Terra