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Chávez: "Venezuela assegura soberania nacional"

O presidente Hugo Chávez afirmou, neste fim de semana, que a Venezuela se prepara para assegurar a defesa da sua soberania em um momento em que se acentuam as agressões contra a nação sul-americana. "Estamos na mira do império (dos EUA) e de seus subordinados", destacou. Ele lembrou os oito anos do golpe frustado que tentou tirar-lhe do poder e alertou que, "se inventarem" outro golpe, a resposta deve ser "radical e profunda".

Chávez anunciou a constituição, em breve, de milícias estudantis, camponesas e operárias para se somarem a essa tarefa."Estamos nos preparando, para que ninguém se engane conosco", disse o mandatário neste sábado, durante o ato de entrega de recursos a pequenos e médios empresários para impulsionar a produção nacional em setores que permitam substituir importações.

"Antes tínhamos um exército apenas para desfilar; agora estamos nos preparando para garantir a defesa do país", afirmou. Chávez agradeceu a ajuda do governo da Rússia no fortalecimiento da capacidade militar da Venezuela e sua firmeza diante das pressões exercidas pelos Estados Unidos.

Destacou a postura de Vladimir Putin e Dmitri Medvedev, "que não fraquejaram diante da pressão de Washington" para impedir que Caracas adquira armas e outros equipamentos defensivos. Durante sua intervenção, transmitida pelas emissoras de televisão locais, o presidente do executivo do país exortou ao trânsito para o modelo socialista, com fórmulas próprias.

Pediu também aos donos da Empresa Polar, na Venezuela, que acatem a ordem de expropiação dos galpões localizados na zona industrial de Barquisimeto, estado de Lara, espaço onde se construirá um complexo de habitação para habitantes dessa localidade.

O golpe frustrado

Neste domingo, o presidente Chávez lembrou os 8 anos do golpe de Estado que o tirou do poder por 48 horas. "O golpe de abril é um ponto de inflexão em nossa história como povo, que adquiriu consciência de que ele mesmo é quem luta e constrói sua própria história", escreveu em sua coluna dominical "As linhas de Chávez".

"Hoje, domingo, 11 de abril, lembramos o início do auge e queda da ditadura mais breve da história, lembramos também o calvário do Cristo-Povo, que ressuscitou ao terceiro dia", acrescentou. O venezuelano alertou que que vai "radicalizar ao extremo" se a oposição "inventar um outro golpe de Estado".

"Se chegarem a inventar um golpe de Estado, um ato terrorista de gente esperta, colocar bombas, carros-bombas, peço a todos que estejam preparados porque a resposta precisa ser radical, profunda", disse Chávez. "Vamos radicalizar ao extremo esta revolução: generais e almirantes, se preparem para isto; soldados, povo, se preparem para isto", continuou.

"Seguem convocando para o golpe (…) tratando de se meter nas Forças Armadas para dividi-la, buscando armas, conspirando para me matar e para desestabilizar o país", disse Chávez."O melhor para eles é aceitar que esta revolução bolivariana pacífica, democrática, chegou para ficar". "Não podemos permitir que voltem, nunca mais".

O golpe de 11 de abril de 2002 foi uma tentativa fracassada de derrubar o presidente coinstitucional, por meio de uma sabotagem empresarial que durou mais de três dias, e que foi apoiado pelos meios de comunicação social privados, que lançaram uma forte campanha contra o atual mandatário.

Com agências