Parabéns aos sérios, ainda que façam piada
Confesso que ainda que esteja há 4 ou 5 anos envolvida até os últimos fios na área jornalística, ainda que na maior parte desse tempo como estudante, sempre esqueço que temos um dia.
Publicado 07/04/2010 15:03 | Editado 04/03/2020 17:01
Todos os anos alguém diz que o dia deve ser de reflexão, auto-análise e crítica, reivindicação dos direitos. Mas eu paro e penso que apesar de falar tanto, a classe jornalística é a mais calada de todas. Isso porque não encontramos forças para nos unir. Raros são esses momentos. Foi preciso que nos tirassem o diploma, a regulamentação para que uma tímida reação fosse esboçada.
Vivemos e vimos situações absurdas diuturnamente. Erros crassos que não cabem mais na máxima “errar é humano”. Assim como os médicos, temos a vida das pessoas em nossas mãos, ainda que de uma maneira mais literal.
Sem muito me alongar, acho que a data é dos sérios. Daqueles profissionais que persistem fazendo um jornalismo poderoso. São as nossas exceções. E não me refiro apenas aos que usam de termos polidos, constroem textos e offs rigidamente redigidos pelas teorias. Para mim, sérios são os que, ainda na piada, conseguem, e talvez até com mais eficácia, chegar ao resultado pretendido: um público informado e pronto para emitir sua opinião.
Não pretendo soar como falsa idealista agora ou em qualquer momento. Apenas reflito sobre a área que escolhi conscientemente e que, ainda mal das pernas, é o meu fio condutor no mundo profissional.
Portanto, aos sérios, meus parabéns. Peço que não desistam para que eu não desista também.