Reitor acusa Veja de manipular matéria sobre universidade baiana

Produzida pelo jornalista João Figueiredo e escrita por Roberta de Abreu Lima, a matéria — intitulada "Pecados Pouco Originais" — faz um balanço das chamadas "novas universidades federais" e questiona a construção da UFRB, entre outras.

A respeito da indicação da revista de que o município em que a UFRB se localiza — Cruz das Almas — não possui capacidade populacional que justifique a presença da universidade, o reitor sublinha que "a Bahia tem a segunda pior proporção nacional de matrículas em universidades federais para cada mil habitantes e, por isso, precisa ter o número de universidades públicas ampliado em seu território, inclusive por respeito ao princípio federativo".
Nacif pontua que, ao contrário do afirmado na reportagem, a "UFRB é multicampi e possui centros de ensino em quatro cidades do Recôncavo, (Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus, além do anexo do CAHL em São Félix)". A foto utilizada pela revista para ilustrar a suposta ociosidade da UFRB também é rechaçada pelo reitor, que acusa a publicação de tê-la clicado durante aula dos recém-inaugurados cursos noturnos.

"A imagem publicada não corresponde à dinâmica da realidade da maioria dos cursos da nossa instituição. No que diz respeito aos cursos diurnos, a elevada procura dos mesmos determina inclusive a previsão da construção de novos prédios, fundamental para evitar um colapso na infra-estrutura de apoio às atividades acadêmicas da UFRB", explica Soledade Nacif.
Por fim, o reitor se diz "surpreso" com as informações publicadas e acusa a Veja de manipulação e preconceito em relação à instituição. "Não podemos deixar de registrar a nossa surpresa com a forma desrespeitosa e preconceituosa com que esta Universidade foi tratada e com a manipulação grosseira verificada na referida matéria, escrita pela jornalista Roberta de Abreu Lima".

Quebrando o off, o reitor cita também uma das indagações do jornalista João Figueiredo durante sua visita ao campus — a qual não chegou a ser publicada — para pôr em xeque os critérios de apuração do veículo. "Em sua primeira indagação, felizmente não publicada, o repórter da Veja se referiu à UFRB como um ‘elefante branco no meio do sertão’. Além de grosseira, a pergunta demonstra um total desconhecimento da realidade brasileira e da geografia de nosso País", relatou.

"Este é um episódio lamentável. A revista Veja é um poderoso veículo de comunicação e exatamente por isso não tem o direito de desconhecer a história do Recôncavo", finaliza Soledade Nacif.

Fonte: Portal Imprensa