UBM e Unegro realizam debates no FSM
A tarde desta terça-feira (26/01) contou com atividades de diversas organizações que constróem o Fórum Social Mundial em Porto Alegre (RS). Entre elas, uma rica discussão sobre o Estatuto da Igualdade Racial, promovida pela União de Negros pela Igualdade (Unegro), e também o profícuo debate "Mulher no Espaço de Poder" promovido pela União Brasileira de Mulheres (UBM).
Publicado 27/01/2010 12:51
Mulheres de diversos estados brasileiros, que vivenciam diferentes realidades, participaram do debate em conjunto com homens que se somam à luta pela emancipação da mulher. Para a UBM, a participação de homens neste debate é fundamental, pois o machismo deve ser superado pela sociedade, e não pode ser uma luta apenas das mulheres.
Participantes do grupo que debateu a presença da mulher nos espaços de poder problematizaram a relação dos partidos políticos com as cotas de mulheres em chapas eleitorais e denunciaram a desvalorização do trabalho doméstico e do trabalho de cuidado, ressaltando que nem mesmo a aposentadoria para as chamadas donas-de-casa conseguiu ganhar espaço para debate na sociedade a fim de ser impulsionado como bandeira.
Na concepção da UBM, a tecnologia e o trabalho compartilhado entre homens e mulheres devem ser os caminhos para resolver o impasse da dupla jornada da mulher, que, embora tenha conquistado considerável espaço no mercado de trabalho, ainda é incubida da carga de se responsabilizar pelo trabalho doméstico, o que mantém a mulher no âmbito da vida privada. Tal realidade, que afasta as mulheres da vida pública, reflete no pequeno número de representantes mulheres nos parlamentos e cargos executivos.
Igualdade racial
Membros da Unegro de todo o país e participantes do FSM que conheceram a entidade neste debate defenderam o Estatuto da Igualdade Racial aprovado neste ano e apontaram os desafios do movimento, que passma por combater a onda reacionária encabeçada por Ação Direta de Inconsticionalidade movida pelo Partido Democrata (DEM) contra o estabelecimento de cotas raciais e étnicas em universidades públicas.
De Porto Alegre, Luana Bonone