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Encontro PCs: Lula denuncia lógica irresponsável dos cassinos

Às 9 horas da manhã desta sexta-feira (21), teve início em São Paulo o 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários. A abertura foi marcada pela leitura de mensagem enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Minha saudação, disse,“é um ato de reconhecimento à luta de todos vocês em defesa dos trabalhadores e do povo pobre. Ao sentimento de humanidade que norteia sua militância pela erradicação da miséria, da fome e das desigualdades entre os povos. E também ao seu empenho pela construção de uma nova ordem econômica mundial”.

EncontroA mensagem continua dizendo que “estamos presenciando a crise de um modelo neoliberal que influenciou as estruturas de poder e de produção da sociedade nas últimas três décadas. Sem regulamentação, a economia assumiu a lógica irresponsável dos cassinos. As políticas públicas, em especial as políticas sociais, perderam espaço na agenda dos povos. E a máquina do subdesenvolvimento agigantou-se”.

É fundamental, diz o presidente na mensagem lida pelo secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, “que este momento seja debatido. E embora eu não pretenda, nem possa, antecipar o passo seguinte da história, desejo ressaltar alguns aspectos de inestimável importância para o debate deste ciclo que se abre”.

Em primeiro lugar, enumerou o presidente da República, “esta é a hora de redimir os trabalhadores – desde aqueles da terra e do chão da fábrica até os dos mais sofisticados laboratórios digitais. É a hora de redimir o trabalho como a grande fonte de criação de riqueza e prosperidade na luta pelo desenvolvimento. É preciso incentivar a produção. E dar ainda mais prioridade à infra-estrutura pública e à educação para o bem comum”.

Além disso, pontuou Lula, “não podemos esquecer que só haverá solidariedade verdadeira se ela for também internacionalista e voltada para toda a humanidade. A sociedade civil organizada e as instituições e organismos internacionais devem refletir essa nova condição, irreversível, da cidadania planetária. E nos unem em direitos e deveres como um só povo, responsável pela sorte interligada de todo o planeta”.

O presidente afirmou ainda que “a humanidade já produz o suficiente para satisfazer, folgadamente, as suas necessidades. Mas só haverá futuro sustentável quando as vidas de 855 milhões de habitantes do planeta não estiverem mais ameaçados pela fome”.

Finalizando sua mensagem, disse, “como todos sabemos, os momentos da crise também trazem consigo uma série de oportunidades. Devemos saber aproveita-las para, com isso, resgatar os valores da solidariedade, da igualdade e da justiça”.

De São Paulo,
Priscila Lobregatte