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Site da CartaCapital noticia 10º Encontro de PCs

CartaCapital publicou em sua página artigo do secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, em que ele trata da importância do 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários, que começa nesta sexta-feira. “Na contramão desse quadro de incertezas, surge a atuação coerente e elogiável dos partidos comunistas, enfatizando a gravidade da crise com foco na condenação à atitude da maioria dos governos conservadores de jogar os efeitos da crise sobre os ombros dos trabalhadores e dos países pobres”, diz.

A crise do capitalismo em debate
A realização do 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, entre os dias 21 e 23 de novembro, em São Paulo, ganha especial relevância com o atual quadro mundial de crise do capitalismo.

O evento, com participação de cerca de 80 partidos de diversos países do mundo, será o momento ideal para uma análise crítica e um debate profundo sobre a conjuntura mundial, lançando um olhar especial para a crise. Será também uma forma de proporcionar maior integração entre os partidos convidados e deles com a nossa militância e com nosso povo, pois é na unidade dos partidos e das massas que está a chave da vitória do nosso movimento.

Vitória esta que ganha mais chances de se confirmar com o evidente fracasso das receitas neoliberais. A abertura dos mercados, a desregulamentação financeira, as privatizações, a alienação do papel do Estado como indutor do desenvolvimento, a busca desenfreada do lucro máximo através da superexploração dos trabalhadores e o saque das riquezas nacionais, enfim, todo esse arcabouço ideológico caiu por terra.

Diante da atual conjuntura, há duas tendências malsãs: uma vinda da burguesia monopolista e outra da social-democracia. A burguesia monopolista e os países imperialistas estão adotando como ‘solução’ para a crise o uso indiscriminado de recursos públicos para salvar bancos e empresas da bancarrota e, para isso, aprovaram pacotes econômicos de gigantescas somas numa operação coordenada visando a salvar o sistema. Tais operações são apresentadas como algo virtuoso, como se fosse um resgate do Estado como ‘agente do interesse público’. Nada mais falso. O que de fato está em curso é uma ação do capitalismo monopolista estatal, instrumento da oligarquia financeira e do sistema imperialista.

Já a social-democracia, começa a difundir a ilusão de que a ‘regulação’ do mercado e um novo ‘multilateralismo financeiro’ seriam suficientes para debelar a crise.

Na contramão desse quadro de incertezas, surge a atuação coerente e elogiável dos partidos comunistas, enfatizando a gravidade da crise com foco na condenação à atitude da maioria dos governos conservadores de jogar os efeitos da crise sobre os ombros dos trabalhadores e dos países pobres, bem como a tendência desses governos de intensificar políticas opressivas e espoliadoras contra os interesses dos povos.

Ao denunciar o capitalismo e a burguesia monopolista e ao chamar os trabalhadores à luta, os partidos estão contribuindo de maneira decisiva para uma real mudança nos rumos internacionais.

É neste cenário internacional de crise do capitalismo e de conflitos políticos e sociais, que fica patente a importância do papel político, organizativo e social dos partidos comunistas. E o 10º Encontro será uma contribuição nesse sentido, assim como será um chamamento à necessidade de ação entre esses partidos e deles com as amplas forças progressistas e antiimperialistas.

As conclusões do encontro, certamente, são aguardadas tanto pelos que apóiam, quanto pelos que se opõem aos comunistas. O fato é que não se pode ignorar a influência que os partidos comunistas têm.

*José Reinaldo de Carvalho é secretário de Relações Internacionais do PCdoB, partido anfitrião do encontro.

Fonte: CartaCapital