Paquistão proibe Benazir Bhutto de deixar o país

As autoridades paquistanesas incluiram a ex-primeira ministra na Lista de Controle de Saídas, que proibe que os relacionados nela possam deixar o Paquistão.

A informação foi passada à mídia em Islamabad pelo porta-voz do PPP, Farhatullah Babar, que qualificou de ilegal, inconstitucional e contra os direitos fundamentais a postura governamental.

Babar explicou que sua organização enviou uma carta ao Ministério do Interior para que retire o nome de Benazir da Lista de Controle de Saídas.

Benazir apresentou um relatório à polícia com os nomes de três pessoas que se encontravam por trás dos ataques com bombas contra sua caravana na quarta-feira passada, na populosa cidade de Karachi, que levou à morte 140 pessoas e deixou mais de 500 feridos.

A ex-primeira-ministro, de 54 anos, solicitou ao governo paquistanês que peça ajuda a especialistas internacionais em terrorismo para a investigação do atentado, que a deixou insatisfeita até o momento.

As autoridades recusaram seu pedido e afirmaram que a equipe de inteligência encarregada no trabalho será capaz de concluir com êxito a investigação.

O ministro do Interior, Aftab Ahmed Khan Sherpao, assegurou que “nossas agências estão conduzindo a investigação de uma forma muito objetiva e temos de confiar em nossa capacidade, ao invés de convocar investigadores estrangeiros desnecessáriamente”.

Um relatório preliminar do serviço de inteligência paquistanês sugeriu que Benazir era o objetivo do atentado em Karachi.

De acordo com esses dados, o ataque tinha Benazir como objetivo, embora ela tenha saído ilesa por viajar na cabine de um caminhão blindado. Foi confirmado que uma das explosões foi realizada por um suicida.

O documento aponta que o atacante lançou uma granada de mão e em seguida acionou a carga explosiva que estava em sua mochila.