Renan afirma ser vítima de “esquadrão da morte moral”
“O que importa é que eu não me intimidarei. Eu resistirei até o fim”. O aviso foi dado na manhã desta terça-feira (26) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao descer do carro e ser indagado sobre a hipótese de o PSOL lançar no Rio de Jane
Publicado 26/06/2007 12:54
O PSOL foi o partido que ajuizou no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar representação para verificação de quebra de decoro parlamentar por parte de Renan. A representação se baseia em denúncia da revista Veja, segundo a qual o senador teria despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior.
“Acho que isso tudo é uma espécie de esquadrão da morte moral. As pessoas, sem ter prova, anunciam a sentença e depois ficam como estão, sem saber o que fazer, porque não têm o que apresentar à sociedade. O que importa é que eu não me intimidarei. Eu resistirei até o fim”, afirmou Renan.
Sobre denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), Renan disse não querer fazer julgamento antecipado. “Tenho experiência para não pré-julgar ninguém”, afirmou. “Ele tem dito que vai se explicar. Acredito que ele vai esclarecer”, acrescentou. Sobre o trabalho no Senado, Renan disse que vai trabalhar nas próximas semanas para garantir a produtividade e a votação na casa.
Roriz está sendo investigado desvio de recursos do Banco de Brasília (BRB). Gravações feitas pela Polícia Civil, com autorização judicial, foram divulgadas no fim de semana, com diálogos entre Roriz e o ex-presidente do banco, Tarcísio Franklin de Moura, onde combinavam o local de entrega de R$ 2,2 milhões em dinheiro.
Segundo o senador, parte destes recursos – R$ 300 mil – foi um empréstimo feito junto ao empresário Nenê Constantino para o pagamento de uma novilha. O restante do dinheiro, ainda segundo explicações de Roriz, foi entregue em espécie ao empresário.
Da redação, com agências