Sindicalista denuncia à CPI terceirização no setor aéreo
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, apresentou nesta terça-feira (19), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, na Câmara dos Deputados, uma série de problemas enfrentados pelo setor. Entre eles, jor
Publicado 19/06/2007 11:38
“Se não houver harmonia no setor, hoje é o controlador de vôo, amanhã pode cair um avião porque um despachante técnico ou um mecânico fez excesso de jornada de trabalho. O preparo de um vôo começa em terra. Se não tiver uma manutenção bem feita, não adianta ter um piloto experiente”, afirmou.
Selma Balbino disse ainda que trabalhos essenciais, como a verificação de bomba ou droga na bagagem, são feitos por pessoal terceirizado. “Existem empresários gananciosos que querem ter lucro rápido, sacrificando o trabalhador”, acrescentou. Segundo ela, 70% dos funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) são terceirizados e as empresas que terceirizam não fornecem treinamento.
A líder sindical reclamou ainda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Disse que houve lentidão da Anac na investigação do acidente da Gol, em setembro do ano passado, que matou 154 pessoas.