Dirigente do PCdoB vê avanços na frente antiimperialista
O dirigente do Partido Comunista do Brasil, Jose Reinaldo Carvalho, secretário de Relações Internacionais e único participante brasileiro no Encontro Internacional de Apoio à Resistência, pronunciou-se oficialmente na sexta-feira (17/11), em nome do Parti
Publicado 19/11/2006 12:10
Zé Reinaldo saudou a grande vitória do povo libanês contra o agressor israelense, fortemente apoiado pelo imperialismo norte-americano. “A derrota israelense no Líbano, assim como o retumbante fracasso dos Estados Unidos no Iraque, constituem a demonstração cabal de que o imperialismo não é invencível”, disse.
Durante o Encontro, Reinaldo deu uma informação sobre a evolução da situação política na América Latina, onde segundo ele “está em formação um quadro político novo e estão sendo criadas condições mais favoráveis para o desenvolvimento das lutas dos povos pela democracia, a independência nacional e o progresso social, contra o neoliberalismo e o imperialismo.”
Como exemplos, o dirigente comunista destacou a consolidação da revolução cubana (apesar do bloqueio estadunidense), o desenvolvimento da revolução bolivariana na Venezuela, a eleição de Evo Morales, a reeleição de Lula no Brasil e a recente vitória de Daniel Ortega na Nicarágua. Em sua opinião, faz parte desse processo a existência de governos democráticos no Uruguai e na Argentina.
Semelhanças
O dirigente comunista brasileiro também ressaltou que, apesar das grandes distâncias geográficas e da diversisdade de cenários políticos, sociais e econômicos, as realidades da América Latina e do Oriente Médio têm algo em comum: “É que lutamos contra o mesmo inimigo – o imperialismo norte-americano – embora com ritmos e formas diferentes, de acordo com as peculiaridades nacionais e regionais, assim como pelos mesmos ideais – a libertação nacional e social dos nossos povos.”
O secretário de Relações Internacionais do PCdoB vê como um “avanço da frente antiimperialista a unidade entre as forças políticas libanesas, nomeadamente entre o Partido Comunista e o Hezbolá”. Para Zé Reinaldo, é inevitável e indispensável que isso ocorra em todos os países afetados pela política de guerra dos Estados Unidos. “Vai chegar o momento em que se colocará na ordem do dia a formação de uma frente antiimperialista mundial. Este Encontro é mais um passo nesse sentido”, afirmou.
Além do PCdoB, estão presentes no Encontro de Beirute delegações de Partidos Comunistas de Portugal, da Itália, da Grécia, do Chipre, da Noruega, da Bélgica, da República Tcheca, da Índia, do Sudão, da Tunísia, do Líbano, da Síria, da Jordânia, da Palestina e da Turquia.