Resistência afegã à ocupação é a maior desde invasão

A situação no Afeganistão neste ano é a mais violenta desde que as forças militares lideradas pelos Estados Unidos ocuparam o país para depor os Talibã, em outubro de 2001.

Cinqüenta supostos membros da resistência afegã teriam sido mortos entre o sábado e o domingo durante um combate com tropas colaboracionistas afegãs e da Força para a Assistência à Segurança (Isaf) na província de Uruzgan, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais afegãs.


 


Um comunicado do Ministério afegão de Defesa alega que 30 integrantes da resistência foram mortos no último sábado, na região de Yahdan dessa província.


 


No domingo, segundo Mohammad Qasim, comandante das forças militares da província, afirmou que forças afegãs e da Isaf mataram na noite deste domingo cerca de 20 supostos talibãs no distrito na província de Uruzgan.


 


Os ataques contra a população têm sido freqüentes ao longo dos últimos dois meses e têm atingido grande parte dos civis que residem em aldeias e pequenas cidades afegãs. O pretexto para iniciar a recente repressão foi um suposto ataque a um posto policial.


 


Um total de 16 supostos talibãs morreram nessa operação militar, que também deixou quatro soldados afegãos feridos.


 


Além disso, outros três rebeldes morreram durante uma tentativa de emboscada de um comboio de soldados afegãos que retornavam para casa depois da operação em Sarchino.


 


A situação no Afeganistão neste ano é a mais violenta desde que as forças militares lideradas pelos Estados Unidos expulsaram os talibãs do poder, no final de 2001.


 


Cerca de duas mil pessoas morreram neste ano por causa de diferentes incidentes de violência. A mídia não revela o número de civis assassinados pelas forças de ocupação. Todas as notas divulgadas pelo comando de ocupação atribui os mortos à guerrilha talibã, que controla áreas no oeste do país.


 


Na semana passada, a Isaf concluiu a transferência do comando da segurança no leste do Afeganistão das mãos da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos. Com a mudança de comando no leste, a Isaf é agora a encarregada pelo controle de todo o território do país.