Petrobras já admite reduzir preço de combustíveis

A informação foi dada nesta quarta-feira (20/9) pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Ele ressaltou, porém, que a empresa não tem indicativo de que este preço se mantenha e admitiu: “Se nas próximas semanas ou no próximo mês o preço continuar no patamar atual e revelar uma tendência de estabilização, aí poderemos ter um ajuste”.

Na avaliação do diretor, “mudou o eixo da discussão”. Ele lembrou que “quando o petróleo chegou aos US$ 70, a pergunta era se o preço da gasolina iria subir; agora, é se vai baixar. E a resposta, a princípio, é não, porque não sabemos se o petróleo vai continuar nesse preço”.

Costa enfatizou que seria precipitado mexer de imediato nos preços: “Por que baixar o preço agora que ele chegou a US$ 63, se na semana que vem o barril do petróleo pode voltar a valer US$ 70? Nossa política é de longo prazo: se mudou o patamar, vai ter ajuste; se não mudou, não vai”.

Mercado externo
Já o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, preferiu lembrar a política da estatal brasileira de não trabalhar com as oscilações do preço do produto no mercado externo. “A Petrobras tem dito há quase quatro anos que as relações de preços da gasolina no Brasil não têm ligação com as mudanças de curto prazo no mercado internacional. Nós mantemos uma relação com os preços internacionais no longo prazo. Portanto, nós não vamos ajustar os preços nacionais em decorrência de mudanças de curto prazo no mercado externo – seja para mais ou para menos”.

 
O objetivo da Petrobras, acrescentou Gabrielli, “é reduzir a flutuação dos preços no mercado brasileiro no longo prazo. Mesmo sabendo que nós não devemos, ou não podemos, manter o mercado brasileiro deslocado do preço internacional”.

O preço da gasolina no país sofreu reajuste de 10% em setembro do ano passado. Para o óleo diesel, o aumento foi de 12%.