Palestinos aprisionam mais dois soldados israelenses

O movimento Resistência Islâmica do Líbano, ligado ao Hezbollah, revelou nesta quarta-feira que aprisionou dois soldados israelenses em território libanês. ''Em cumprimento de sua promessa de libertar os prisioneiros e os detidos, a Resistência Islâmica&n

O comunicado afirma que os dois militares foram feitos prisioneiros às 9h05 (3h05 de Brasília) e ''transferidos a um lugar seguro''. A resistência palestina aprisionou nos últimos 17 dias 3 soldados das forças ocupantes israelenses. Gilad Shalit foi o primeiro soldado aprisionado pela resistência, em 25 de junho, e hoje serve como pretexto para a mais recente agressão contra a Autoridade Nacional Palestina.


Em seguida ao aprisionamento, tropas israelenses adentraram ilegalmente o território libanês e abriram fogo contra a resistência palestina no Líbano, composta por guerrilheiros do Hezbollah, ao longo da fronteira entre as regiões de Ras Nakura e Bint Jbeil.


Tropas israelenses também bombardeiam a localidade sulina de Rmeil e várias outras áreas onde o Hezbollah tem bases, enquanto aviões militares de Israel sobrevoam o sul do Líbano. A União Européia e os Estados Unidos não fizeram qualquer pronunciamento sobre a incursão ilegal israelense em território libanês. As localidades de Rmeich, Aita Chaab, Rcheif, Blat, Yarun e Ramia são bombardeadas intensamente pela artilharia israelense, acrescentaram as fontes.


Durante os ataques da artilharia israelense duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas. Um depósito de armas em Rachadiyeh, na cidade de Tiro, foi destruído. O Hezbollah afirmou pela al-Manar que repeliu a invasão israelense e destruiu um tanque do exército sionista.


Massacre persiste


A prisão dos soldados israelenses é uma represália, segundo a mídia de Israel, ao bombardeio de edifícios civis no norte da Faixa de Gaza, onde 9 palestinos de uma mesma família foram assassinados e outros 15 ficaram feridos, entre eles várias crianças. As mortes aconteceram após aviões de combate e helicópteros israelenses atacarem um carro e um prédio no norte de Gaza, disseram testemunhas e fontes médicas.


Médicos palestinos relataram que a aviação militar israelense atacou um veículo que transitava nas ruas do bairro de Xeque Radwan, no norte de Gaza, e lançou um míssil num edifício de apartamentos, que acabou desabando.


Organizações de ajuda humanitária da ONU afirmam que Israel não está fazendo o suficiente para evitar uma catástrofe humanitária em Gaza. Representantes das entidades se reuniram na terça-feira com a ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, e exigiram a redução dos obstáculos para a entrada de produtos, principalmente combustível e alimentos.


A agência da ONU para os refugiados palestinos — UNRWA, na sigla em inglês, afirma que dispõe de alimentos para os habitantes de Gaza. Mas não pode levá-los ao território palestino, já que a passagem de Karni continua fechada.