PC dos EUA condena a política de agressão israelense

A agressão militar israelense contra o povo palestino e seu governo é objeto de repúdio de vários partidos e movimentos civis ao redor do planeta. Esta semana, o PC dos EUA publicou nota condenando o ataque à Faixa de Gaza e o sequest

"O Partido Comunista dos Estados Unidos condena energicamente os últimos atos de agressão cometidos pelo governo de Israel contra o povo palestino. Nos últimos dias, o Exército Israelense lançou uma série de ataques sobre as estruturas civis palestinas, como pontes, reservatórios d'água e a única central elétrica da Faixa de Gaza. Além disso também aconteceu a suspensão das ajudas humanitárias, o que levou a Palestina a ficar diante de uma grave crise humanitária.

Israel sequestrou membros do partido governista do Hamas, dos quais 9 deles são membros do gabinete de governo, 20 membros do parlamento e dezenas de outros. Aviões israelenses também bombardearam o Ministério do Interior, incendiaram e destruíram os escritórios do primeiro-ministroIsmail Haniyeh com mísseis. Essas ações representam uma negativa total à escolha feita pelo povo palestino e uma violação das decisões da ONU e desrespeito à lei internacional.

Tanques israelenses estão aguardando o sinal verde para uma invasão completa da Faixa de Gaza

O governo de Olmert justifica essas ações agressivas e ilegais como um tentativa de recuperar um soldado das Forças de Defesa de Israel, que foi capturado por um pequeno grupo da resistência há quinze dias. Aparentemente aguardando uma desculpa para derrubar o governo do Hamas, os atos agressivos de Israel conduziram os eventos muito além de uma perspectiva próxima de um acordo de paz.

Enquanto o Egito e algumas outras nações européias tentaram intervir diplomaticamente, jatos israelenses penetraram o espaço aéreo da Síria na última quinta-feira, voando baixo sobre a residência do presidente do país, Basher al-Assad, no momento em que ele estava no edifício. Forças terrestres sírias dispararam contra as aeronaves. O desrespeito de Israel às leis internacionais e à soberania nacional dos outros países é uma ameaça à paz e a à estabilidade para toda a região do Oriente Médio.

Essa agresão ilegal não seria possível sem o apoio da administração Bush e a contínua ajuda militar americana a Israel.

A última escalada militar agressiva ocorre depois de um mês sangrento de ataques a Gaza, com assassinatos extrajudiciais e ataques de mísseis que mataram mais de vinte civis palestinos.

A única solução real para o ciclo de violência e para a crise humanitária é a imediata e incondicional retirada das forças israelenses para trás das linhas de fronteira de 1967, a completa independência e soberania para a Palestina, com sua capital instalada em Jerusalém e com a resolução do problema dos refugiados palestinos em obediência às resoluções da ONU. Somente o reconhecimento mútuo entre Israel e Palestina, como dois estados independentes, pode dar um fim a essa catástrofe.

Nas últimas semanas, líderes do Hamas e da Fatá discutiram uma nova proposta para a Palestina. Essa proposta, denominada "Documento dos Prisioneiros sobre a Conciliação Nacional", foi desenvolvida por prisioneiros palestinos em prisões israelenses e convocou os palestinos a limitarem a resistência a agir somente nos territórios palestinos ocupados em 1967, e pediu o restabelecimento de uma coalizão palestina unida, sob a bandeira da Organização pela Libertação da Palestina. Embora essa proposta não estabeleça termos para questões importantes sobre a ocupação, é um passo importante no sentido de cessar os ataques contra civis por setores da resistência palestina e foi apoiada tanto pela Fatá quanto pelo Hamas em 27 de junho último. A última rodada de provocações foi claramente organizada para tirar do rumo o processo de paz que foi proposto pelo documento dos prisioneiros.

Convocamos todas as partes para um fim imediato da escalada de agressões e para um acordo negociado para dar fim à crise atual.

Convocamos todos os amantes da paz nos EUA a participarem nesta semana dos protestos contra a agressão israelense e contra o apoio dos EUA à contínua ocupação da Cisjordânia e de Gaza.

Nós, com outros grupos, convocamos todas as pessoas conscientes a cobrarem de seus representantes no Congresso e na Casa Branca a exercerem pressão para que Israel encerre a invasão de Gaza.

Nós também conclamamos a retirada das tropas americanas do Iraque, cuja presença ajuda a aumentar as tensões no Oriente Médio e fortalece o governo israelense.

Condenamos os ataques a civis, tanto palestinos quanto israelenses.

Condenamos especialmente o governo de Israel, que controla as condições de vida na Cisjordânia e em Gaza e, continuamente, limita o funcionamento do governo eleito de forma legítima pelo povo palestino. Israel procura impor seus termos unilateralmente e evita qualquer tipo de negociação. Não há solução pacífica e segurança com tais atitudes."
Partido Comunista dos Estados Unidos
www.cpusa.org