Movimento Cidadão realiza ato público na Prefeitura
Publicado 02/06/2006 07:51 | Editado 04/03/2020 16:55
Integrantes do Movimento Cidadão, estudantes universitários e secundaristas, movimentos sociais e representantes de segmentos que sofreram restrições nas gratuidades do transporte coletivo marcaram para hoje, às 9 horas, um ato público em frente à Prefeitura de Ponta Grossa. O protesto acontecerá no local porque um interdito proibitório concedido judicialmente impede que os manifestantes se concentrem nos terminais de ônibus.
De acordo com Suelen Martins, uma das integrantes do Movimento Cidadão, o manifesto de hoje terá três principais reivindicações: protestar contra o aumento considerado pelo Movimento como “arbitrário e ilegítimo” da passagem de ônibus de R$ 1,85 para R$ 2; a luta pela implantação do passe livre para estudantes de instituições de ensino pública e bolsistas das particulares: e ainda o fim da criminalização do Movimento Cidadão, numa referência ao interdito proibitório.
O interdito, obtido mês passado pela Viação Campos Gerais (VCG), determina multa de R$ 100 mil “para cada ato de turbação e/ou esbulho, ou por dia, enquanto persistir eventual violação”. O documento prevê ainda ação policial caso haja protesto nos terminais oganizado pelos líderes do Movimento Cidadão ou “réus desconhecidos” que venham a realizar manifestações públicas. No dia 31 de março, perto de 40 mil pessoas deixaram de utilizar o transporte coletivo devido ao protesto dos estudantes que tentaram evitar o reajuste da passagem.
Passe livre – Conforme o 1º vice-presidente da União Paranaense de Estudantes Secundaristas (UPES), Rafael Clabonde, como a tarifa já subiu, a luta dos estudantes que se reunirão hoje é para a aprovação do passe livre. Ele lembra que durante a semana foram feitas visitas a vários colégios visando mobilizar os estudantes para o ato. As direções de dois grandes colégios de Ponta Grossa não aceitaram receber os representantes do manifesto.
De acordo com Suelen, o movimento de hoje promete ser pacífico e não há previsão de que os terminais sejam atingidos pelos manifestantes, justamente devido ao interdito proibitório. Além das reivindicações citadas, haverá carro de som e faixas para lembrar a restrição nas gratuidades, como a de idosos de 60 a 65 anos que poderão usar o passe somente duas vezes ao dia, além de estudantes de ensino profissionalizante, que foram excluídos do benefício do passe-livre.
Fonte – Maria Gizele da Silva (Diário dos Campos)