UJS saúda 60 anos de federação juvenil internacional
A Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD) lançou declaração comemorativa a seus 60 anos. O texto foi aprovado no último Conselho Geral, realizado em Atenas (Grécia). Esse evento foi prestigiado
Publicado 01/06/2006 18:44
Declaração pelos 60 anos da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD)
A Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD) foi fundada em 1945 depois da vitória dos povos contra o nazi-fascismo, como organização juvenil anti-imperialista progressista, democrática e de massas, atingindo mais de 150 organizações de mais de 100 países. Promove a unidade, a cooperação, a organização das ações, a solidariedade, a troca de informações e experiências de luta entre organizações juvenis progressistas, jogando um indispensável papel na luta contra o imperialismo, o fascismo, o colonialismo, a exploração e a Guerra. Lutamos pela Paz, a soberania e a independência nacionais, a solidariedade internacionalista e os direitos da juventude. Pelos ideais e valores que representa, a FMJD é um exemplo para o movimento juvenil anti-imperialista mundial, por sua história como um todo e por suas convicções.
A FMJD joga um papel fundamental para o fortalecimento do movimento juvenil de caráter anti-imperialista e progressista, para a dinâmica de luta e a consciência política e social da juventude. As reivindicações, posições e opiniões da FMJD são o resultado das ações e das reivincações do movimento como um todo, de sua ligação com a realidade, os problemas, as aspirações, as lutas e as conquistas da juventude, graças à dinâmica, às aspirações e a luta do movimento da juventude e dos estudantes em cada país, vinculados estreitamente à ação e à intervenção de cada uma de suas organizações.
Atualmente, a complexa e perigosa situação internacional coloca diante de nós árduos desafios e grandes responsabilidades. A juventude em todo o mundo tem sido seriamente vitimada pela expansão do capitalismo através da assim chamada “globalização capitalista”, instrumento de uma exploração sem precedentes, com o controle dos povos e das políticas e riquezas nacionais pelo capital internacional. O capitalismo e o imperialismo são incapazes de resolver os problemas e de responder aos interesses e necessidades da juventude. Em vez disso, agrava os problemas e parece querer formar uma nova geração absolutamente sem direitos, impondo um único sistema global pronto a destroçar quem quer que a ele se oponha.
Para as forças capitalistas é essencial que os povos não se organizem, não questionem, que não tenham quaisquer escrúpulos, que não reflitam, discutam ou saibam das derrotas do capitalismo – exatamente as vitórias dos trabalhadores e dos povos. Querem que os povos simplesmente aceitem as coisas como nos são apresentadas, querem-nos acomodados e resignados a uma história que desejam sem próximos capítulos. Não fomos pegos pelo suposto fim das ideologias e da história, e a vida tem provado a invalidez destas teses. A despeito da ofensiva ideológica do capitalismo, as forças progressistas têm resistido, confrontando e alcançado vitórias, adquirindo maior força e determinação. Por mais que a injustiça e a exploração ditem as regras no mundo, exatamente por isso os povos oprimidos sempre responderão com mais resistência.
A juventude é um dos principais alvos das políticas neoliberais e do assédio ideológico das classes dominantes, respondendo a isto com seu crescente envolvimento e liderança nas lutas juvenis concretas e gerais. De vários modos, a juventude tem lutado mundo afora contra a guerra, a fome, a miséria, a pobreza, os bloqueios, embargos e sanções, contra a AIDS, contra todas as formas de discriminação e exploração. Temos lutado por um mundo de paz, livre das armas nucleares. Combatemos pela auto-determinação, pela soberania nacional, por independência, democracia, segurança, solidariedade internacional e cooperação. A juventude luta por direitos humanos, pelos direitos das jovens mulheres, tanto sexuais quanto reprodutivos, por desenvolvimento sustentável e pelo meio ambiente. A juventude luta pelo direito à alimentação e à água, por justiça social, acesso ao trabalho, aos direitos trabalhistas, por educação pública, gratuita e de qualidade, por assistência médica, pelo direito ao esporte e à habitação, à cultura e por acesso às tecnologias. A resposta à ofensiva do capital é a intensificação das lutas populares, com amplas massas contra o imperialismo e a guerra, por paz, democracia e progresso social. Ante o imperialismo, a luta é o único caminho que há para seguir em busca dos nossos direitos.
A Federação Mundial das Juventudes Democráticas, inspirada pelos mais nobres ideais e êxitos conquistados pelos seus fundadores e pelas gerações que os seguiram, que lutaram vigorosamente contra o imperialismo, de mãos dadas com a juventude e os trabalhadores que aspiram por uma nova sociedade mais fraterna e justa, sem exploração do homem pelo homem. A FMJD tem continuado a lutar por todos esses anos pela emancipação de todas as formas de opressão, discriminação e dominação imperialista que afligem a humanidade. A FMJD mantém firme o seu compromisso de defender e lutar pelos direitos da juventude e corresponder aos sonhos e aspirações da juventude por todo o mundo. Quando do seu 60º Aniversário – cuja principal comemoração deve ser exatamente a luta – nós reafirmamos que os ideais presentes na fundação da FMJD mantém inteira validez, e suas tradições democráticas e progressistas reforçam ainda mais a nossa disposição de continuar a luta, iniciada em 1945, pelos direitos da juventude até a vitória final. A vitória será nossa!
Juventude Unida! Por uma paz duradoura!