PELA ALIANÇA NACIONAL, MAS COM AMPLITUDE NOS ESTADOS.
No item 22 da nossa Resolução em debate diz que “para governar a Federação brasileira são essenciais as alianças amplas, representativas de extensas bases sociais para garantir a governabilidade, p
Publicado 01/06/2006 17:43 | Editado 04/03/2020 16:11
No debate que se inicia agora dentro do Partido visando a Convenção Nacional, uma das questões centrais para o êxito de nosso Projeto Eleitoral será o das alianças eleitorais. Acho que o nosso Partido, por mais difícil que seja, terá que refletir bastante sobre os desdobramentos da aliança nacional nos Estados e aprovar uma posição flexível quanto à composição nacional (coligação). Sou daqueles que, por conta da “verticalização”, considera prejudicial ao Partido um “engessamento” a nível nacional com o PT ou PSB, sob pena de estreitarmos as nossas possibilidades eleitorais e não cumprirmos com a meta de eleger uma expressiva bancada federal e estadual, compatível com o crescimento e influência partidária, além da dificuldade que teríamos para superar a dificílima “cláusula de barreira”.
No item 22 da nossa Resolução em debate diz que “para governar a Federação brasileira são essenciais as alianças amplas, representativas de extensas bases sociais para garantir a governabilidade, para alcançar a unidade da maioria da nação visando a realização dos grandes empreendimentos mudancistas”, o que é plenamente correto e incontestável. Entretanto, se faz imperioso que essa orientação se traduza para o campo das alianças eleitorais de 2006.
O PCdoB no Amapá vai definindo a sua tática política de acordo com os interesses nacionais (claro) e de nosso projeto eleitoral local. A aliança com o PDT no Estado tem caráter político em reunir forças convergentes na construção de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que valorize o trabalho e amplie a democracia, assim como, o de criar melhores condições na concretização de nosso Projeto Eleitoral para o Estado. A característica regional do PDT/AP é de contradição à orientação nacional, aqui o PDT é e será determinante na recondução das forças progressistas e democráticas ao centro do poder político do País.
Como se sabe, para o avanço das forças progressistas e democráticas é imperativo a celebração das alianças. Há uma grande estratificação das classes na sociedade capitalista, e no Brasil como um país continental, assumem características diferenciadas. O regionalismo, não é determinante, mas joga papel importante na configuração do poder político do país.
Aqui no Amapá, trabalhamos com a possibilidade de constituirmos uma ampla aliança eleitoral que poderá envolver, no mesmo palanque, o PDT, PT, PMDB, PL, PP, PCdoB, PV e outros, dos quais, o PDT e o PT são nossos principais aliados no Estado, por conta de compromissos programáticos firmados e de nossa parceria em suas administrações a nível do Estado e dos municípios. Essa aliança, se vier a se configurar, poderá assegurar uma grande bancada federal e estadual que inclua os nossos candidatos que irão a reeleição.
Caso o PDT lance um candidato à Presidência da República e se configure uma coligação a nível nacional entre o PCdoB, o PT e o PSB, aqui no Amapá e, possivelmente em outros Estados da Federação, nós teríamos que reproduzi-la, o que certamente iria criar enormes dificuldades para o Partido. No nosso caso particular, em virtude das dificuldades com o PSB local nos sobraria apenas o PT.
JOSÉ LUIZ A PINGARILHO
Presidente do C E do PCdoB/AP