Integrante da CSC vence eleição para o Conselho Fiscal do Postalis
O resultado do dia 29 de maio mostrou mais uma vez a força dos trabalhadores dos Correios. Edevaldo Costa Oliveira, membro da Corrente Sindical Classista, foi eleito com 4.559 votos para o Conselho Fiscal do Postalis – fundo de pensão
Publicado 31/05/2006 15:57 | Editado 04/03/2020 17:06
Para o Conselho Deliberativo foi eleita Taciana de Castro com 5.143 votos. Na suplência ficou José Rivaldo da Silva com 3.953 votos, também oriundo do movimento sindical. A votação em nível nacional teve 42.704 votos para o Conselho Fiscal, sendo 1.995 nulos e 1.335 votos em branco. Para o Conselho Deliberativo o resultado contabilizou 42.704 votos, sendo 1.592 nulos e 837 em branco.
Segundo Edevaldo, "prevaleceu a consciência dos trabalhadores da ECT, que escolheram uma pessoa da categoria para representá-los. Fato que até então nunca havia ocorrido desde a criação do Postalis".
Votação
O Postalis tem hoje cerca de 107 mil associados, entretanto pouco mais de 42 mil votaram. O Sindicato critica o pequeno universo de votantes (menos de 50%). Segundo o diretor Marcos Sant’aguida, "foi uma demonstração da falta de participação dos trabalhadores provocada pelas dificuldades do processo. No próximo processo eleitoral é fundamental o retorno urgente das urnas por local de trabalho. Entendemos que o sistema usado na eleição não favorece o debate e deixa o processo frio e desmotivado, o que interessa a alguns setores".
Muitos kits de votação, que foram enviados aos sócios do Postalis, chegaram apenas no último dia do processo de votação. Isso dificultou e desmotivou ainda mais os trabalhadores. O Sindicato também foi informado que 3 mil votos não foram contabilizados por falta de carimbo. Mais uma vez, o Sindicato denuncia que pessoas agiram com o interesse de atrapalhar a participação dos trabalhadores no processo.
História de luta
Edevaldo foi admitido na ECT em 1998 como carteiro. Logo em seguida foi eleito Representante Sindical, onde atuou na defesa da categoria e na luta por seus direitos. No final de 2002 foi eleito diretor do Sindicato. Participou das greves por melhores salários, condições dignas de trabalho e contra a perseguição na empresa. Edevaldo esteve também nas manifestações em defesa do monopólio postal e pela reintegração dos demitidos.