Petrobras inaugura termelétrica Leonel Brizola
A Petrobras inaugurou, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Usina Termelétrica Governador Leonel Brizola, a maior termelétrica do Brasil a gás natural com co-geração e em ciclo combinado, com capacidade para abastecer uma cidad
Publicado 31/05/2006 18:01
A usina, que movimentou investimentos de cerca de US$ 715 milhões e consome 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural diários, tem capacidade para produzir 400 toneladas-hora de vapor e 1.036 megawatts (22% da energia consumida no estado do Rio de Janeiro). A termelétrica entrou em funcionamento há alguns meses, mas ainda não tinha sido inaugurada oficialmente ou batizada com o nome de Leonel Brizola, ex-governador do Rio que morreu em junho de 2004.
A inauguração ocorre um mês depois de o Governo da Bolívia, país que fornece metade do gás natural consumido pelo Brasil, ter anunciado a nacionalização de seus hidrocarbonetos, o que despertou temores em Brasília frente a um possível desabastecimento. Apesar de a termelétrica ser alimentada com gás natural produzido pela Petrobras na Bacia de Campos, seu consumo aumenta ainda mais a demanda brasileira em relação ao combustível. A usina está localizada ao lado de uma refinaria da Petrobras que fornece vapor gerado a partir de gás natural.
Gabrielli
Foi conectada ao Sistema Interligado Nacional por uma linha de transmissão de 13,7 quilômetros de extensão para conduzir a energia elétrica produzida pela termelétrica à subestação de São José, em Belford Roxo, no Rio. Na cerimônia de inauguração estiveram presentes o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, entre outras autoridades. Gabrielli afirmou que, com a nova unidade, a Petrobras tem 11 termelétricas. A companhia possui um igual número de refinarias e é sócia em outras três usinas de geração de energia por gás.
Gabrielli assegurou que a Petrobras está investindo tanto na produção de gás natural, para garantir a auto-suficiência do país a partir de 2008, como na infra-estrutura para este combustível, que é mais barato e polui menos o meio ambiente. Segundo ele, a Petrobras deve investir até 2010 cerca de US$ 10 bilhões em projetos para aumentar a produção do combustível e de US$ 6,5 bilhões a US$ 7 bilhões em usinas para processamento de gás.
Com agências