2.600 cruzes em Brasília no Dia Mundial sem Tabaco
O Dia Mundial sem Tabaco foi lembrado nesta quarta-feira (31) com uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, Brasília, que reuniu pouco mais de 100 pessoas. Em frente ao Congresso Nacional, 2.600 cruzes foram fincadas para simbolizar as pe
Publicado 31/05/2006 13:25
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostram que em 2005, 5 milhões de pessoas morreram em todo o mundo devido a doenças relacionadas ao consumo de cigarros, tais como infarto, enfisema pulmonar, vários tipos de câncer e doenças vasculares, entre outras. No Brasil foram registrados 210 mil óbitos.
Cigarro “light” também faz mal
Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o tema "Tabaco, Mortal sob Todas as Formas e Disfarces", a fim de alertar as pessoas sobre as estratégias que os fabricantes de cigarro utilizam para aumentar a venda desses produtos. Uma das mais conhecidas é acrescentar nas embalagens as palavras light, suave, baixos teores, embora os dados científicos comprovem que todos os cigarros causam malefícios à saúde.
No gramado da Esplanada dos Ministérios, o vendedor Girleudo Marinho, 35 anos, foi uma das pessoas que realizou gratuitamente o teste de capacidade pulmonar. Fumante há 17 anos, ele não se surpreendeu quando a máquina apontou uma capacidade de apenas 75%. "Eu pretendo parar, porque o cigarro causa cansaço, falta de resistência física e a memória fica ruim", afirmou.
O motorista Evânio Soares dos Santos, de 32 anos, fuma 10 cigarros por dia há mais de 10 anos. Apesar de saber dos malefícios à saúde causados pelo cigarro, ele disse que por enquanto não pretende parar de fumar. "Gosto do sabor do cigarro, mas acho que as pessoas não deveriam fumar", acrescentou.
Dependência química
A coordenadora do grupo de tabagismo do Ministério da Saúde, Carla Baracat, informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece em todos os estados para as pessoas que desejam parar de fumar apoio psicológico, acompanhamento médico e medicamentos que incluem antidepressivos, adesivos e gomas de mascar.
"A primeira coisa que nós temos que fazer é conscientizar a pessoa de que o cigarro é maléfico para a saúde dela. Enquanto as pessoas não tiverem essa consciência, elas não vão acreditar em nada e qualquer campanha que for feita não vai sensibilizá-la, porque ela está dependente de uma composição química".
Com informações
da Agência Brasil