Merkel defende tolerância zero contra ultradireita

A chanceler traçou assim um paralelo entre o lema do congresso – "A dignidade humana é nosso brado" – e o artigo primeiro da Constituição – "A dignidade do homem é intangível" – e recolhendo a preocupação geral pelo aumento da violência ultradireitista refletida no último relatório dos serviços secretos. "Quem atacar outras pessoas por questões de cor da pele terá que contar com toda a dureza da lei", disse.

O aumento de delitos da extrema direita ganhou especial relevância a poucas semanas do início da Copa do Mundo, que terá como lema "O mundo, entre amigos" com o qual a Alemanha quer se apresentar como país aberto e bom anfitrião.

De acordo com o último estudo do departamento de proteção da Constituição – os serviços secretos do Ministério do Interior -, no ano passado foram registrados 15.360 delitos da extrema direita, 27% a mais do que em 2006, entre eles 958 de caráter violento.

O ministro do Interior, Wolfgang Schäuble, responsável pelos Esportes do Governo, reconheceu que esta evolução é "muito preocupante" e disse ainda que foi observada uma maior disposição à violência entre os "skinheads". Por outro lado, ele negou a existência de áreas perigosas para estrangeiros no Leste do país, apesar do aumento dos ataques e casos de xenofobia nessa parte da Alemanha.

Com agências.