Lula critica quem faz política no conforto do escritório

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje um discurso duro contra os tucanos, seus antecessores no governo e rivais na eleição de outubro. Sem especificar nomes do PSDB, Lula disse que há no Brasil políticos que não gostam de po

"Neste País, tem um tipo de político que não gosta de pobre, tem um tipo de político que não respeita os trabalhadores, que acha que a gente dar dinheiro para a pessoa comprar arroz e feijão para comer é assistencialismo", disse Lula. O presidente afirmou que aprendeu a conhecer o Brasil e que seus adversários poderiam sair "andando pelo Brasil" para conhecer a real dimensão das necessidades do País. "Quem vive fazendo política só na capital ou na universidade, ou quem fica fazendo política só em Brasília, não tem dimensão do Brasil real que nós enfrentamos", disse o presidente.
Durante todo o pronunciamento, o presidente tratou os adversários apenas por um genérico "eles", a quem acusou de apostarem no fracasso do País. "Tem um tipo de político no Brasil que, por mais experiência que tenha, por mais mandatos que tenha, por mais cargos que tenha exercido, está sempre torcendo para que as coisas não dêem certo no Brasil, para ver se eles voltam", disse. "Vocês acompanham a política, vocês vêem televisão, vocês ouvem rádio, lêem jornal e vocês percebem claramente que há neste país um conjunto de pessoas que torce para o país não dar certo."

Confira abaixo a íntegra do discurso do presidente Lula:

Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante vistoria às obras do trecho ferroviário Araguaína-Aguiarnópolis da Ferrovia Norte-Sul
Aguiarnópolis-TO, 23 de maio de 2006
            O presidente Sarney não esqueceu o jeito com que ele se dirigia ao povo brasileiro quando era presidente, utilizando os brasileiros e brasileiras. Eu não vou deixar nunca de dizer companheiros e companheiras, sabendo que os companheiros e companheiras são os mesmos brasileiros e brasileiras que o Sarney costuma utilizar.
            Meu caro governador Marcelo Miranda,
            Meu caro ministro Paulo Sérgio de Oliveira, ministro dos Transportes,
            Meu caro deputado César Halum, presidente da Assembléia Legislativa, em nome de quem cumprimento todos os deputados estaduais,
            Meus caros companheiros senadores que me apóiam no Congresso Nacional, João Ribeiro e Leomar Quintanilha,
            Meu caro deputado federal Osvaldo Reis,
            Meus caros prefeitos Antonio Aires Maranhão, de Aguiarnópolis, e meu caro Raul de Jesus Lustosa Filho, de Palmas. Falando o nome dos dois eu quero cumprimentar todos os prefeitos das cidades vizinhas que vieram participar deste ato,
            Meu querido Demian Fiocca, presidente do BNDES,
            Meu caro José Edmar Brito Miranda, secretário de Infra-Estrutura do Tocantins, em nome de quem eu quero cumprimentar todos os secretários de estado, todos os secretários municipais aqui presentes,
            Meu caro José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec,
            Meus queridos representantes do povo das cidades,
            Vereadores,
            Representantes dos empresários,
            Meus caros companheiros do DNIT,
            Jornalistas,
            Amigos e amigas,
            Eu vou esquecer um pouco o que está escrito no meu pronunciamento e vou contar uma história para vocês.
            Quando eu perdi as eleições, em 1989, eu me dei conta de que alguém para ser candidato a presidente da República de um país do tamanho do Brasil precisaria, antes de tudo, ter a humildade e conhecer o tamanho da coisa que ele quer governar.
            Eu estou dizendo isso porque foi exatamente a partir de 1992 que eu comecei a percorrer o Brasil de trem, de ônibus, de barco e de carro. Foram praticamente, presidente Sarney, 91 mil quilômetros andados em três anos; 91 mil quilômetros em que eu atravessei, do Oiapoque ao Chuí, este país, percorrendo e conhecendo cidades, conhecendo acampamentos, conhecendo os nossos rios, a nossa riqueza, a nossa pobreza, até que chegou 2002. Por que eu comecei a contar essa história? Porque em 1987 eu era deputado constituinte, o deputado mais votado da história do Brasil. E eu cheguei lá, não conhecia o presidente Sarney, conhecia a história política que o tinha levado à Presidência da República, e chega lá o presidente Sarney e anuncia a construção da Ferrovia Norte-Sul.
            Um dia desses, Sarney, eu estava conversando com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, que foi constituinte junto comigo, e eu estava lembrando a eles quantos discursos nós fizemos contra a Ferrovia Norte-Sul, muitos discursos, Sarney. A gente dizia textualmente que a Ferrovia Norte Sul era uma ferrovia – naquele tempo não tinha a palavra “virtual” –era uma ferrovia que ligava nada a nada e somente depois que eu comecei a andar o Brasil, a conhecer a profundidade das diferenças do país, conhecer a profundidade das desigualdades regionais deste país é que eu me dei conta de quantas vezes nós cometemos injustiças contra pessoas, dizemos que não gostamos de pessoas sem conhecer as pessoas, dizemos que gostamos sem conhecer, somos contra alguma coisa sem saber porque somos contra.
            Hoje, eu estou aqui, porque depois de percorrer 91 mil quilômetros neste país, de estrada, de ferrovia e de barco, eu ganhei as eleições para presidente da República e, logo no primeiro ano, disse ao presidente Sarney: nós vamos retomar a Ferrovia Norte-Sul porque ela é extremamente importante para o processo de integração da riqueza deste país, para o processo de escoamento da produção da nossa riqueza e, sobretudo, ela é extremamente importante para desenvolver o Centro-Oeste brasileiro.
Mesmo assim, ainda tem gente que não compreende, ainda tem gente que deve estar zangada porque nós estamos aqui, Sarney, porque tem um tipo de político no Brasil que por mais experiência que ele tenha, por mais mandatos que tenha, por mais cargos que eles tenham exercido, eles estão sempre torcendo para que as coisas não dêem certo no Brasil, para ver se eles voltam. Vocês acompanham a política, vocês vêem televisão, vocês ouvem rádio, lêem jornal e vocês percebem claramente que há neste país um conjunto de pessoas que torce para o país não dar certo.
Quando eu criei o programa Bolsa Família, apareceram alguns dizendo o mesmo que diziam, Sarney, quando você criou o Programa do Leite, um dos mais extraordinários programas para combater a nutrição neste país, que terminou depois que você saiu da Presidência e nós estamos retomando agora.
Neste país tem um tipo de político que não gosta de pobre, tem um tipo de político que não respeita os trabalhadores, que acha que a gente dar dinheiro para a pessoa comprar arroz e feijão para comer é assistencialismo. É assistencialismo para quem toma café de manhã, almoça e janta e ainda joga metade da comida fora, que sobrou. Mas, para quem vive a pobreza neste país sabe o que significa uma criança tomar um café com pão com manteiga, sabe o que significa uma criança tomar um copo de leite, sabe o que significa uma criança ir dormir com a sua barriga cheia. Quem vive fazendo política só na capital ou na universidade ou quem fica fazendo política só em Brasília, não tem dimensão do Brasil real que nós enfrentamos.
            É muito fácil fazer críticas sentado numa sala com ar-refrigerado, é muito fácil. Eles poderiam sair andando pelo Brasil para ver o Brasil real, para ver o Brasil do povo brasileiro,e eles ficam incomodados porque sabem que as prefeituras brasileiras nunca tiveram tanto acesso a benefícios como têm em três anos do meu governo. Eles sabem porque o prefeito tinha que ir a Brasília mendigar um favor, tinha que se humilhar, gastar dinheiro naqueles hotéis, ficando três ou quatro dias, para conversar com um funcionário de quarto escalão do governo federal. Hoje, um prefeito chega no Palácio do Planalto, tem um gabinete para recebê-lo, chega na Caixa Econômica Federal, tem um gabinete para recebê-lo e não precisa fazer favor, porque o dinheiro da merenda escolar, o dinheiro do transporte vem direto para o prefeito, não tem atravessador e não tem intermediário.
            Sarney, neste país, presidente da República não aceitava conversar com prefeito, aliás, os prefeitos eram atendidos, às vezes, com cachorros policiais. Nesses meus três anos, dos quatro anos de governo, em três teve Marcha e eu fui às três Marchas. Nunca perguntei se um prefeito era do PMDB, nunca perguntei se era do PT, nunca perguntei se era do PL, nunca perguntei se era do PSDB. A mim não interessava a que igreja ele pertencia, para que time torcia, a mim interessava saber que era prefeito de uma cidade e tinha responsabilidades.
            Eu estou aqui hoje, na frente do povo de Tocantins,fazendo uma inauguração num trecho… na verdade não é inauguração, é visita a um trecho da ferrovia e nós vamos fazer, porque este país hoje tem auto-estima, este país hoje não é mais um paisinho onde o presidente da República tinha que mandar o seu ministro da Fazenda ao FMI pedir dinheiro emprestado para pagar as suas exportações. Agora, não precisa mais, agora, nós não devemos mais ao FMI, não devemos mais ao Clube de Paris e não devemos mais a ninguém. Nós agora somos donos do nosso nariz, nós agora dizemos e falamos o que queremos e fazemos aquilo que nós temos vontade.
            É por isso que nós estamos aqui, visitando esta ferrovia, porque esta ferrovia é a espinha dorsal da integração do Centro-Oeste brasileiro com a totalidade dos 8 milhões e meio de quilômetros quadrados deste país, e esta obra não pára mais, esta obra vai continuar porque a desgraça deste país sempre foi essa, um presidente começava uma obra, o outro vinha e parava porque tinha que começar a dele, um presidente tinha uma política de programa social, o outro chegava e parava porque tinha que ter a marca do presidente. Nós não precisamos de marca de presidente, nós precisamos é de marca de povo neste país, de homens e mulheres que constroem a riqueza deste país.
É por isso, meus companheiros e companheiras, que nós estamos dando um salto de qualidade extraordinário na questão da ferrovia brasileira. O que o nosso Ministro falou aqui são coisas extraordinárias. Ele falou até de outros estados, falou da Bahia, mas esse caso que ele contou da Bahia, do entorno lá de Cachoeira, às vezes os trens fazem manobra e atravancam o trânsito da cidade durante nove horas por dia. Então, é preciso alguém fazer. Esse trecho que ele disse, de São Francisco do Sul, é uma cidade pequena e que entope de caminhão. Então, nós temos que fazer. E fazer a Transnordestina. Algumas pessoas de alguns lugares do Sul do país… tem gente que acha que o Brasil é só a banda do Sul, eles não conhecem mais nada. Algumas pessoas já disseram para mim: “mas por que o Presidente vai gastar dinheiro numa Transnordestina?” Eu vou gastar dinheiro porque o povo nordestino é tão brasileiro quanto qualquer cidadão de qualquer parte deste país. E já cansamos de ver o Nordeste ser tratado como um lugar de segunda categoria, como um lugar que não tem jeito, e tem jeito.
Vamos ligar o porto de Suape ao porto de Pecém. Mais tarde vamos ligar a Paraíba e Rio Grande do Norte, e vamos ligar Eliseu Resende, no Tocantins. Tem lugar que já está desenvolvido, então pode ter uma rodovia ou uma ferrovia. Tem lugar que não está desenvolvido, é a ferrovia que vai desenvolver. Por onde vão passando esses trilhos, vocês vão ver, é como se fosse uma benção de Deus, atrás vai indo o desenvolvimento, atrás vão surgindo as vilas, vai surgindo o criador de gado, vai surgindo o plantador de soja, o plantador de feijão, o plantador de milho, e a gente vai vendo esse Brasil crescer, para que os nossos filhos possam viver num país muito mais digno e muito mais decente do que aquele em que nós vivemos. E nós temos que pensar no futuro.
Estamos fazendo isso aqui, Sarney, no reconhecimento do acerto do seu projeto e estamos fazendo mais. O Marcelo sabe o quanto nós estamos investindo em educação aqui neste estado e no país, porque houve um tempo em que um presidente da República e um ministro diziam: “não posso fazer tal coisa na educação, porque eu vou gastar muito dinheiro”. Educação não é gasto, educação é investimento. Cada engenheiro que a gente formar, cada médico que a gente formar, cada assistente social que a gente formar, cada professor que a gente formar dá retorno imediato muito maior do que os empréstimos do BNDES dão, ou do Banco do Brasil, ou da Caixa Econômica Federal. Cada investimento que a gente fizer numa criança na escola ou num adolescente na universidade, cada centavo que a gente colocar lá, certamente será um centavo a menos que a gente vai precisar colocar numa cadeia, será um centavo a menos que a gente vai precisar colocar numa prisão.
Então, meus companheiros e companheiras, eu quero dizer para vocês da alegria… Esta semana, Sarney, foi uma semana cheia de alegria. Olhem, esta semana… depois eu vou falar de Serra Pelada. Esta semana foi uma semana maravilhosa. Na semana passada eu reuni o Conselho Nacional de Política Energética e a Petrobras anunciou ao Brasil: nós vamos utilizar óleo de oleaginosas, que pode ser soja, pode ser mamona, pode ser girassol, pode ser dendê, diretamente no petróleo e vamos fazer o refino direto para produzir biodiesel, sem o enxofre do atual óleo diesel, vamos produzir um diesel mais limpo. Isso vai garantir ao pequeno produtor que ele possa produzir, ao grande produtor que ele vai ter o preço garantido, e a gente vai poder regular com muito mais competência o preço das commodities neste país.
Uma outra revolução anunciada pela Petrobras é que nós vamos utilizar o álcool nas termelétricas para não precisar mais utilizar óleo diesel ou gás.
Uma terceira coisa que a Petrobras anunciou é que, até 2008, nós iremos ter explorado a mesma quantidade de gás que nós exploramos da Bolívia. Portanto, o Brasil não vai depender de ninguém nessa questão energética e isso coloca o Brasil – prestem atenção os mais jovens no que eu estou falando – isso vai colocar o Brasil, nos próximos 20 ou 30 anos, como a maior potência energética do mundo. Eu, agora, posso confirmar por que Deus é brasileiro: porque tem país com extensão territorial maior do que a nossa, tem país com mais tecnologia do que a nossa, agora, nenhum país tem 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, que a gente sabe da temperatura, que não tem furacão, que não tem terremoto… tem a seca, mas com um processo de irrigação a gente vai resolvendo o problema da seca, ninguém vai conseguir competir com o Brasil.
Eu estava dizendo outro dia que eu jamais imaginei viver para ver a gente dizer: vamos comprar um barril de petróleo, ah não, vamos comprar uma “saca de petróleo”, vamos plantar um “hectare de petróleo”, porque vai ser assim, daqui a alguns anos vai ser assim, ninguém vai conseguir competir com o nosso querido país.
Eu sei que tem gente que gostaria que nada disso estivesse acontecendo, tem gente que gostaria que a inflação estivesse a 30%, tem gente que gostaria que as exportações brasileiras não estivessem crescendo, tem gente que gostaria que o FMI estivesse todo dia na minha porta batendo, tem gente que gostaria que eu não tivesse aumentado o salário mínimo, tem gente que gostaria que o emprego não estivesse crescendo, que o salário não estivesse crescendo, mas para desgraça deles, tudo isso está acontecendo em nosso país.
Sarney, meu querido presidente Sarney, quando eu te convidei para vir aqui é porque de vez em quando este país precisa ter humildade e fazer justiça às pessoas. O Juscelino Kubitschek, que hoje é tido como o mais importante presidente da história do país, é uma pena que vocês todos não tivessem nascido para ver como é que foi o mandato do Juscelino Kubitschek. Ele era chamado de ladrão todo dia, ele era provocado todo santo dia e ele não perdia a calma. As ofensas que faziam a ele, fazem pior a mim.
Agora, quando a gente chega ao cargo de Presidente, a gente não tem que perder a tranqüilidade. Toda vez que eu fico aperreado lá dentro, eu fico pensando: deixa eu ir me encontrar com o povo porque o povo pensa outra coisa, o povo tem outra cabeça. Quando eu convidei o presidente Sarney para vir aqui, foi um gesto de reconhecimento a um homem que governou este país na dificuldade que governou, todo mundo sabe o que aconteceu com o Tancredo, o Sarney assumiu. Um homem que tinha um partido de 300 e poucos constituintes, mas uma parte tinha um pouco de mágoa porque ele não era originário do PMDB, e comeu o pão que o diabo amassou.
Uma coisa eu tenho tranqüilidade, Sarney: nunca o ofendi,nunca lhe fiz uma provocação com uma palavra que eu não pudesse dizer publicamente. E eu sei o quanto este homem foi ofendido, eu sei como ele foi atacado. Essa ferrovia mesmo foi muito atacada no Congresso Nacional e hoje a presença dele aqui é para dizer o seguinte: Sarney, apesar de tudo, valeu a pena você viver até o dia de hoje para ver a Vale do Rio Doce, para ver a nossa Ferrovia Norte-Sul no caminho que está.
Meus companheiros, muito obrigado, que Deus abençoe todos vocês.
            Ah, Serra Pelada. Olhem, Serra Pelada, eu estava dizendo a alguns companheiros ali o seguinte: em dezembro, o ministro Silas queria que eu fosse a Serra Pelada para a gente fazer uma grande festa para a retomada do garimpo. E aí ele foi comunicado que tem um problema lá, tem uma disputa. Eu não sei quais são os grupos, mas me falaram que tem grupo não sei de quem, grupo do Curió e que as coisas estão meio complicadas. E o Presidente da República ficou impedido de ir, porque não houve o acerto final. Mas quero dizer para vocês que eu tenho todo o interesse de ir lá porque eu sei que ainda tem ouro lá, eu sei que novas tecnologias… a gente pode tirar ouro até de onde já foi tirado. E obviamente que se eu puder fazer alguma coisa para ajudar o povo a ganhar o pão de cada dia, podem ficar certos que eu vou fazer.
            O que nós precisamos é encontrar um jeito de evitar os atritos entre os vários grupos em Serra Pelada, para que o Presidente da República possa ir lá assinar um acordo de paz e ver vocês com o bolso com um pouquinho mais de ouro.
            A hidrelétrica de Estreito. Companheiros, eu sei que de vez em quando a gente faz um discurso fácil, dizendo o seguinte: a hidrelétrica de Estreito não está pronta porque o Ibama não deixa, não está pronta porque o Meio Ambiente não deixa, não está pronta por isso ou por aquilo. Vejam, este país, graças a Deus, é regido por leis, então o Ibama cumpre aquilo que está… Nós temos a lei que protege o índio, nós temos a lei que protege o meio ambiente, nós temos a lei que protege os quilombos, ou seja, o que o Ibama está fazendo é apenas cuidar de cumprir a lei, e o que nós estamos tratando com carinho é fazer com que todos os problemas a gente possa resolver. Eu quero dizer para vocês: não tem nenhum brasileiro com mais vontade de que a gente possa construir as hidrelétricas que faltam do que eu, até porque eu não quero carregar nas minhas costas a marca do apagão que já carregaram antes de mim. E, para não ter apagão, tem que ter hidrelétrica. E hidrelétrica é a forma mais barata de produzir energia limpa. Agora, nós precisamos tomar cuidado. Mas podem ficar certos que vai sair.
            Muito obrigado, gente.