Petrobras vence licitação para explorar petróleo em Angola

Segundo a agência Lusa, o consórcio formado pela Petrobras, com 40%, pela SSI (Sonangol Sinopec International), também com 40%, e pela Sonangol Pesquisa e Produção (10%) ganhou o direito de exploração na área remanescente do Bloco 18. A Falcon Oil e o Grupo Gemas dividem os 10% restantes do consórcio. A Total assume 40% do consórcio que vai explorar o Bloco 17, tendo como parceiros a SSI, com 27,5%, e a Sonangol Pesquisa e Produção, com 20%. O restante do capital é da Falcon Oil (5%), da ACR (5%) e a Pantex (2,5%). Por cada bloco, o Estado angolano vai receber um bônus de US$ 1,1 bilhão (R$ 3 bilhões), além de US$ 200 milhões (R$ 560 milhões) para financiar projetos sociais.

A SSI, uma joint-venture entre a Sonangol e a Sinopec (China Petrochemical Corporation) que assumiu uma posição de destaque nos consórcios dos dois blocos, foi criada recentemente através de um acordo para o financiamento da construção da refinaria do Lobito, na província angolana de Benguela. A Sonangol, concessionária dos direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos em todo o território angolano, lançou em dezembro licitações para a exploração petrolífera nos blocos 1, 5 e 6 e para as áreas remanescentes dos blocos 15, 17 e 18. Foram as primeiras licitações no setor.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, atrás apenas da Nigéria, com cerca de 1,4 milhão de barris por dia. As reservas petrolíferas do país são estimadas em cerca de 12 bilhões de barris. A área marítima angolana é dividida em 74 blocos de exploração, em águas rasas, profundas e ultraprofundas, dos quais apenas cerca de 30 estão em operação. As previsões dos responsáveis angolanos apontavam inicialmente para que fosse atingida uma produção de 2 milhões de barris diários em 2008, mas este valor poderá ser atingido já no ano que vem, após o início da exploração de novos poços.

Com agências