Balança comercial: cresce exportação para a América Latina
O destaque para a comemoração da alta das exportações para novos mercados, especialmente para a América Latina, contrasta com a perda de fôlego das vendas externas brasileiras para mercados ricos, como os Estados Unidos e União Européia (UE).
Publicado 15/05/2006 13:54
Entre 2003 e 2005, as exportações brasileiras cresceram, em média, 25,1%. No mesmo período, o total exportado para o G-7 (grupo dos sete países dos mais ricos do mundo) cresceu 18,6%. Já para a América Latina, prioridade confessa da política comercial do governo, essa expansão foi de 37,5%, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Quando o recorte é feito sob a ótica do "quantum" (quantidade exportada), os números mostram a mesma tendência.
Segundo análise da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), entre 2002 e 2005, houve um incremento de volume total exportado pelo Brasil de 50%. Nesse mesmo período, para os EUA, a alta foi de 18%, para a UE, 30%, e, para o Mercosul, 181%. Entre 2003 e 2005, os países pobres contribuíram com 57,7% para o aumento das exportações brasileiras. A fatia dos ricos do G-7 para esse incremento foi de 26,5%. É inegável o mérito da ofensiva comercial do Brasil entre seus pares.
Saldo
A balança comercial brasileira registrou, na segunda semana de maio, um superávit de US$ 1,071 bilhão com exportações de US$ 2,342 bilhões e importações de US$ 1,271 bilhão, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento. Com esse resultado, o saldo comercial do mês de maio saltou para US$ 1,951 bilhão (exportações de US$ 4,411 bilhões e importações de US$ 2,460 bilhões).
De janeiro até a segunda semana de maio, o saldo comercial atingiu US$ 14,389 bilhões, 6% maior que o registrado no mesmo período de 2005, quando a diferença entre exportações e importações ficou em US$ 13,568 bilhões. No período, o pais exportou US$ 43,602 bilhões (média diária de US$ 484 milhões), o que representou um crescimento de 14,15% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações somaram US$ 29,213 bilhões (média diária de US$ 324,6 milhões) com crescimento de 19,2%.
Com agências