Professores do estado decidem não continuar com greve de 24 horas

De acordo com a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores no Ensino (Sind-UTE), Inês Camargo, nesta quinta, cerca de 70% dos professores do estado cruzaram os braços, em protesto. A coordenadora prometeu, ainda, mais uma paralisação em 31 de maio, quando nova assembléia decidirá a possibilidade de greve por tempo indeterminado.

Mesmo com o decreto divulgado pelo governador Aécio Neves na segunda-feira, em que implanta a progressão na carreira por meio do grau de escolaridade – que era uma reivindicação histórica da categoria -, os educadores ainda não estão satisfeitos.

“Temos que trabalhar a unidade da categoria. Queremos uma recomposição da tabela dos servidores da educação, para que, assim, contemple também a recomposição por tempo de serviço e os servidores mais antigos”, disse Inês Camargo, que avaliou a nova medida do governo “como um primeiro passo”. "É o início. Esta reivindicação foi feita desde 2005 e só agora ele nos atendeu, porém, parcialmente".

Passeata

De acordo com o Sind-UTE, cerca de 1 mil servidores da educação estiveram presentes à assembléia estadual da categoria, realizada no pátio da Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte. Os professores, após discutirem os resultados das últimas manifestações e as medidas tomadas pelo governo, decidiram não continuar a greve desta quinta-feira, pelo menos até o fim de maio, quando haverá uma nova convocação da categoria.

Após a decisão, os professores saíram em passeata até a Praça Sete, na região central de Belo Horizonte. Entre as reivindicações dos educadores estão a antecipação do reajuste de 5%, previsto para 30 de junho; implantação de piso salarial com a reposição de 40% sobre o vencimento básico, de R$ 400,00; concessão de vale-transporte e tíquete alimentação; direito à férias premium, além de eleições diretas para a diretoria de escola, com determinação de períodos de gestão.
 
De Belo Horizonte
Wellington Santos