Presidente sudanês rejeita intervenção dos EUA e da ONU
Não existe "nenhuma justificativa política" para que os Estados Unidos ou a ONU intervenham na crise de Darfur depois da assinatura de um acordo de paz entre o governo de Cartum e a principal facção dos rebeldes, disse segun
Publicado 10/05/2006 15:30
"Não há nenhuma justificativa política ou base jurídica" para uma intervenção estrangeira na província sudanesa, afirmou Salá Eddine Ghazi, conselheiro presidencial, numa entrevista colectiva em Rabat depois de participar de um congresso pan-árabe em Casablanca. "O Sudão não tem qualquer interesse em internacionalizar" a crise de Darfur, sublinhou.
Na sexta-feira passada, o governo sudanês assinou um acordo de paz com a facção maioritária do Exército de Libertação do Sudão (SLM) de Darfur, há três anos envolvido num conflito bélico. No entanto, os outros dois grupos rebeldes, o Movimento para a Justiça e a Igualdade (JEM) e a facção majoritária do SLM, negaram-se a subscrever o tratado.
George Bush, chefe da administração da Casa Branca, anunciou segunda-feira que a sua secretária de Estado vai se dirigir ao Conselho de Segurança da ONU para defender uma resolução recomendando o envio de uma "força" de paz a Darfur, pediu 225 milhões de dólares ao Congresso em "ajuda alimentar" para essa região do Sudão.
Com informações da Angop