Lula: “A Bolívia precisa de ajuda e não de arrogância”

“A Bolívia precisa de ajuda e não de arrogância”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (5), em resposta aos setores oposicionista-midiáticos que pedem “medidas duras” contra o país que n

"A Bolívia é o país mais pobre da América do Sul, precisa de ajuda e não de arrogância. E nós também precisamos de respeito e de consideração", afirmou o presidente.
“Somos ricos perto da Bolívia”
Sobre sua condução das negociações para pôr fim ao impasse com o presidente boliviano Evo Morales, Lula também adotou a linha de responder aos seus críticos: “Tem gente que acha que ser duro resolve o problema. Às vezes acho que ser carinhoso resolve melhor. A Bolívia é um país pobre, que quer tirar seu sustento do gás. Somos um país rico perto da Bolívia”.
 
O presidente voltou a defender a nacionalização empreendida por Morales. Disse que a prática já foi adotada em países como Chile, Argentina, Peru, México, Irã, Iraque, Líbia e também no Brasil, com Getúlio e pelo governador Brizola.
Mas Lula também comentou que disse ao presidente boliviano, Evo Morales, na cúpula de ontem (4) em Puerto Iguazu, que não havia necessidade de os militares invadirem as instalações da estatal brasileira no país vizinho. "Não precisa ter mandado o Exército cercar a Petrobras porque nós temos endereço, temos residência fixa”, argumentou.
No pronunciamento, Lula ressaltou ainda que "precisamos ter consciência de que a Bolívia vai cumprir os seus contratos com o Brasil".
A usina de Aimorés
A Usina Hidrelétrica de Aimorés, localizada no rio Doce, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, abrange os municípios mineiros de Aimorés, Itueta e Resplendor. O empreendimento é fruto de parceria público-privada, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) com a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
A usina, que consumiu R$ 750 milhões para sua construção, tem um reservatório de 30,9 quilômetros quadrados e capacidade de geração de 330 MW – energia suficiente para abastecer um milhão de consumidores. Outras três hidrelétricas estão em construção em Minas Gerais: Capim Branco I, Capim Branco II e Irapé. Aimorés e essas três usinas somam investimentos de R$ 2,2 bilhões.
Desse total, R$ 1,5 bilhão é proveniente da Cemig e do Governo de Minas. Aimorés e as três hidrelétricas vão possibilitar um aumento na capacidade do parque gerador do estado mineiro em 1 milhão e 440 kilowatts ou 1,140 MW.
Com agências