Se vencer, Humala nacionalizará hidrocarbonetos no Peru
Mas diferentemente da Bolívia, o candidato à presidência do Partido Unión por el Peru, Ollanta Humala, explica que a nacionalização dos hidrocarbonetos peruanos não incluirá expropriações nem estat
Publicado 03/05/2006 15:26
Em declarações à imprensa hoje, o tenente-coronel aposentado negou que se ocupar o Palácio de Pizarro (sede do governo) realizará uma nacionalização dos hidrocarbonetos similar a executava na Bolívia. “Isso [a nacionalização] implica na participação do Estado, na propriedade de empresas através das ações, no fortalecimento dos organismos reguladores, na tributação, e novos contratos com empresas peruanas ou estrangeiras”, explicou.
Humala disse que o Peru já viveu a etapa das estatizações na década de 70 e que isso não “deu em nenhum resultado” e que por isso agora planeja um processo de nacionalização diferente. O modelo proposto em seu plano de governo engloba a renegociação dos contratos assinados com as empresas, de modo que se ponham os recursos ou atividades estratégicas em benefício dos interesses do Estado.
“Vamos nos manter dentro do marco legal, mas vamos utilizar todos os mecanismos que tem um governo democrático para defender os interesses nacionais”, disse o presidenciável. “O objetivo é trabalhar junto com o investimento privado, seja estrangeiro ou nacional, porque há muitas formas de fazer o Estado participar e isso dependerá do tipo de recurso em questão”, aclarou.
Assim como a Bolívia, o Peru tem uma das maiores reservas de gás natural e é considerado um dos países que por um longo período tempo será exportador de quantidades significativas do combustível. Em 2004, o governo impopular de Alejandro Toledo inaugurou o mega projeto de Camisea, que transformou o país em exportador puro de hidrocarboneto. O poço contém aproximadamente 11 bilhões de pés cúbicos de gás e 600 milhões de pés cúbicos de líquido de gás.
Da Redação
Com agências