Emissário de Lula propõe aliança ao presidente do PMDB
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, reuniu-se nesta quarta-feira com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Em pauta o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma coalizão para as eleiç&oti
Publicado 03/05/2006 14:04
Foi um café da manhã na casa de Temer em Brasília. Tarso afirmou que Lula deseja uma aliança formal com o PMDB. Agregou, que se não for possível fechar essa aliança, o PT espera contar com o apoio do PMDB no segundo turno da corrida presidencial.
A política de alianças foi o principal ponto do debate no 13º Encontro Nacional do PT, concluído neste domingo. Os petistas votaram por ampla maioria uma linha que não fecha caminhos, mais autoriza o Diretório Nacional a deliberar, sem restrições. A decisão abre caminho para a proposta levada por Tarso ao PMDB.
A posição de Temer
Temer não descartou a possibilidade de o PMDB apoiar Lula, mas adiantou que o partido ainda irá discutir a tese da candidatura própria.
O PMDB realiza uma pré-convenção no próximo dia 13 para discutir seu posicionamento na sucessão presidencial. O partido pode lançar candidato próprio, que pode ser o ex-governador fluminense Anthony Garotinho ou o ex-presidente Itamar Franco; pode também atender ao convite de Lula, indicando o vice em uma coalizão formal; pode abster-se de uma participação formal nas presidenciais, o que liberaria arranjos locais para melhorar a preformance quanto a governadores, deputados e senadores; e também é cortejado pela candidatura tucana de Geraldo Alckmin.
Michel Temer também comunicou a Tarso que vai manter negociações com o PSDB, que também quer fechar uma aliança com o partido. O peemedebista já se reuniu com Alckmin e com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Executiva antecipada
A reunião da Executiva Nacional do PMDB, que ocorreria nesta quinta-feira, foi antecipada para às 17h30 de hoje. Oficialmente, o assunto em pauta é a pré-convenção.
A sugestão partiu do grupo pró-Lula, que é contrário à candidatura própria. Tem a oposição de Garotinho, que deseja adiar a decisão para a convenção em junho. Mas o ex-governador teve sua pré-candidatura bombardeada nos últimos dias por uma campanha de denúncias na imprensa, que motivou sua greve de fome de protesto.
Com agências