Petrobrás investe US$ 30 milhões para explorar no Irã
Há duas décadas, a Petrobrás abandonou o campo de petróleo iraquiano de Majnoon, o maior encontrado no mundo nos anos 70, por causa da guerra Irã-Iraque (1980-88). Em 2003, a companhia voltou à região, arrematando o bloco iraniano de Tusan, com investimen
Publicado 02/05/2006 16:32
O bloco de Tusan fica na embocadura do Estreito de Ormuz. A companhia está contratando equipamentos e serviços para começar, em setembro, a perfurar a área. O bloco foi ganho com o compromisso de investir no mínimo US$ 30 milhões na sua exploração – que consiste na descoberta e avaliação da reserva. Pode encontrar petróleo como pode não encontrar. Ao contrário da maioria dos países, o Irã, depois da Revolução Islâmica de 1979, não aceita remunerar os investidores com parte da produção. A Petrobrás receberá uma remuneração pelo investimento total – que pode chegar a US$ 80 milhões. A porcentagem é segredo comercial. Depois da exploração, vêm o desenvolvimento do campo – que é a sua preparação para que comece a produzir – e a produção, sob monopólio da estatal National Iranian Oil Company (Nioc).
A modalidade de pagamento por serviços é desinteressante para as companhias, e tem restringido os investimentos no Irã. Preocupado com a baixa taxa de investimentos estrangeiros, o governo estuda mudanças nesses contratos, para torná-los mais atraentes. "Gostaríamos de ter acesso à produção", diz Tony Piazza, gerente-geral da sucursal da Petrobrás em Teerã. "O custo e o risco da exploração são altos. Se você dá acesso à produção, premia mais o risco." Em todo caso, Piazza, em Teerã desde janeiro do ano passado, é um entusiasta do Irã: "É um país fantástico."
No Irã estão 10% dos 132 bilhões de barris de reservas mundiais de petróleo. O país produz 5% da produção mundial. É o quarto maior produtor e também exportador mundial. Praticamente todas as grandes companhias de petróleo do mundo estão no Irã, com exceção das norte-americanas, por causa do embargo imposto por Washington, e da britânica BP. A Petrobrás também tem interesse no desenvolvimento do campo de gás de South Pars, que o Irã deve licitar em breve. Se a crise nuclear permitir.
A informação é da
Agência Estado