Milhares de russos prestam homenagem ao 136º aniversário de Lênin

Milhares de pessoas prestaram homenagens neste sábado ao corpo do grande líder comunista Vladimir Lênin. Longas filas se formaram em frente ao mausoléu de mármore e rocha na Praça Vermelha de Moscou, onde se encontra o corpo emba

Hoje, excepcionalmente, o mausoléu foi aberto ao público, fato que se repete durante o dia de amanhã. Habitualmente o acesso ao público ocorre apenas de terça-feira a quinta-feira.
 
No ano passado, os russos não puderam cumprir a "sagrada" tradição de visitar o mausoléu, já que os analistas do Instituto Científico de Estruturas Biológicas (CTBM), instituição que se dedica à conservação da múmia do líder, levaram-na para avaliar seu estado.
 
"Lenin criou um sistema que erradicou a pobreza na Rússia” disse no coração da Praça Vermelha, Yuri Kisiliov, de 69 anos, que nunca foi membro do Partido Comunista. "Lenin foi um grande dirigente. Ele pregava a amizade entre os povos e o mausoléu é a história viva de nosso país", disse Marina Krasílnikova, de 44 anos, suboficial das tropas fronteiriças do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB).
 

Enterrar a história

 
O último dirigente da URSS, Mikhail Gorbachov, pediu o enterro do corpo embalsamado numa tentativa de fazer os russos esquecerem sua história e a experiência soviética. Mas falhou na sua missão diante da falta de apoio popular.
Cerca de 78% dos pesquisados se mostram a favor da preservação do mausoléu por sua importância na história russa.
 
O mausoléu é destino de peregrinação desde a morte de Lênin em 1924. O fluxo de visitas se manteve mesmo após a queda da URSS.
 
Para o líder do partido comunista Guennadi Ziugánov, os russos compreendem cada vez melhor o papel histórico do propulsor da União Soviética. "Hoje é o aniversário de Lênin, genial político e eminente estadista", declarou o líder comunista após depositar um ramo de flores no mausoléu.
 
Ziugánov, que convocou, no final do ano passado, um abaixo-assinado no mesmo coração da Praça Vermelha, previu "protestos maciços" caso o governo decida sepultar o corpo de Lênin. A múmia de Lênin permaneceu desde 1º de agosto de 1924 no mausoléu, a exceção de 1.360 dias durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi levada para Tiumén, na Sibéria.
 
Da Redação
Com agências.