CSC: resolução política destaca combate ao neoliberalismo
Publicado 18/04/2006 09:19
O documento aponta ainda a ascensão da China à condição de potência econômica, em contraste com o declínio da liderança econômica dos Estados Unidos, como outro acontecimento positivo na conjuntura internacional. “Declarando-se socialista, a China emerge como uma potência de novo tipo, solidária com Cuba, com a Venezuela bolivariana e com as nações mais podres”, afirma a proposta de resolução, que aponta o país asiático como um contraponto ao “unilateralismo estadunidense”. Esse aspecto, diz o documento da CSC, vai se configurando também um fator de ajuda à luta dos povos contra o neoliberalismo.
Tarefa
No âmbito nacional, a proposta de resolução ressalta que a eleição de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002 refletiu a onda mudancista em curso na América Latina. “Apesar das limitações objetivas e subjetivas do atual governo, que poderia ter avançado bem mais se não ficasse preso a uma política econômica subserviente aos interesses do capital financeiro, cabe ressaltar aspectos positivos como a interrupção do processo de privatizações, o reforço de empresas estatais como a Petrobrás (que neste ano deve alcançar a auto-suficiência em petróleo), a relação democrática com os movimentos sociais, o congelamento do ‘reforma trabalhista’, o crescimento do emprego formal, o reforço do Mercosul e a defesa da unidade política e econômica da América latina”, afirma a proposta de resolução.
Outro ponto importante é o que aborda a atuação do movimento sindical nesse cenário. “É tarefa do movimento sindical situar-se com clareza frente à batalha eleitoral que sobressai no calendário político de 2006”, afirma o documento. Segundo a proposta da CSC, as eleições deste ano tendem a ser polarizadas entre as forças de centro-esquerda, que constituem a base do governo Lula, e a direita neoliberal, capitaneada pela dupla PSDB/PFL. “Nossa luta deve ser orientada no sentido de evitar a possibilidade de retrocesso neoliberal, que ressuscitaria a moribunda Alca e daria fôlego à agenda imperialista de privatizações, enfraquecimento do Mercosul, flexibilização e supressão de direitos sociais, repressão dos movimentos sociais”, recomenda o documento, que termina com uma “Plataforma Classista” de nove pontos alinhados com a argumentação do texto.
De Aracaju,