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Impasse provocado pelos EUA impede diálogo com Coréia
Kim Kye Gwan, representante da República Popular Democrática da Coréia nas negociações multilaterais sobre a desnuclearização da Península Coreana, disse hoje em Tóquio que o país retornaria à mesa de ngocia&ccedi
Publicado 13/04/2006 09:45
A República Popular Democrática da Coréia revelou hoje que voltará imediatamente às negociações multilaterais sobre a desnuclearização da Península Coreana se os Estados Unidos voltarem atrás no impasse que criaram ao congelar fundos do país em um banco de Macau, na China.
A declaração foi dada por Kim Kye Gwan, o chefe do grupo de negociações coreano, ao deixar a capital do Japão, Tóquio, após uma tentativa infrutífera de reabrir o diálogo multilateral. As negociações, abertas em 2003, estão paralisadas desde o segundo semestre de 2005 por causa do bloqueio do regime americano a empresas e fundos da RPDC no estrangeiro.
O país voltará imediatamente às negociações se os Estados Unidos levantarem suas sanções financeiras contra o país, que incluem os US$ 24 milhões em fundos congelados em Macau. O regime de Washington congelou os fundos arbitrariamente, sob o pretexto de que estariam "ligados a atividades ilegais da Coréia do Norte, incluindo lavagem de dinheiro e falsificação de dólares americanos". No entanto não forneceram nenhuma evidência da alegação e forçaram, com a medida, o travamento da negociação com a RPDC.
“No minuto em que tivermos os fundos… estaremos nas negociações”, disse Kim. Segundo ele, “não há nada errado em adiar as negociações”. “Mas nesse meio tempo, nós podemos construir mais elementos de dissuasão. Se os Estados Unidos não gostam disso, eles deveriam criar as condições para que nós possamos voltar às negociações”, disse.
Em setembro do ano passado, a RPDC aceitou trocar seu programa nuclear militar em troca de ajuda financeira e garantias de segurança de que o país não será atacado pelos Estados Unidos.
Com agências internacionais