Pesquisa aponta que 70% dos brasileiros apoiam o fim da escala 6×1

Entre eles, 81,3% que se dizem de esquerda e 59,4% de direita estão a favor da proposta contra o atual modelo de seis dias de trabalho e um de descanso. A PEC se encontra na Câmara dos Deputados

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) defende o fim da escala 6x1 | Foto: Divulgação/VAT

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe acabar com a atual escala de trabalho 6×1, ou seja, seis dias de serviço e apenas um de descanso, tem o apoio de 70% da população brasileira.

Entre eles, 81,3% que se dizem de esquerda e 59,4% de direita estão a favor da proposta. A PEC se encontra na Câmara dos Deputados.

Divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a pesquisa é do Projeto Brief em parceria com a plataforma Swayable. Foram ouvidas 3.122 pessoas de todo o Brasil.

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“A simpatia à causa cresceu quando os responsáveis pelo levantamento apresentaram mensagens com argumentos favoráveis. O apoio foi a 91,3% na esquerda e a 71,5% na direita, o que levou à conclusão de que, nesse debate, o aspecto humanitário pode ser mais relevante do que alinhamentos ideológicos”, observa a colunista.

Outro detalhe é que 44,6% dos que votaram em Bolsonaro nas eleições de 2022 se identificaram com a esquerda ao saberem que se trata de uma bandeira progressista. Ouros 64,6% dos entrevistados afirmaram que sua visão sobre a “direita piora ao saber que parte de seus representantes se opõe à pauta”.

O apoio é maior entre as mulheres chegando a 86% contra 76% dos homens e o nível de conhecimento do tema alcança 89% dos entrevistados.

Para 65,8% deles, a resistência dos empresários à proposta se deve ao fato de que o atual modelo permite maior exploração dos trabalhadores e maximiza os lucros.

Outros 68,1% consideram que a elite econômica historicamente se posiciona contra avanços nos direitos trabalhistas.

“A maioria (77,6%) entende que mais tempo para descanso aumentaria a produtividade dos trabalhadores, contrariando um dos principais argumentos usados por lideranças contrárias ao projeto”, diz a colunista.

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