IBGE eleva para 3,2% o crescimento do PIB de 2023
Revisão aumenta a expansão do Produto Interno Bruto do ano passado em 0,3%, que antes estava em 2,9%. Dados acompanharam a divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2024
Publicado 03/12/2024 14:33 | Editado 03/12/2024 15:10
Nesta terça-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do crescimento econômico para o terceiro trimestre e junto encaminhou a revisão das Contas Nacionais Anuais, o que elevou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 2,9% para 3,2%.
Com a revisão, o setor de Serviços, antes com 2,4% foi para 2,8%, a Indústria passou de 1,9% par 1,7% e a Agropecuária teve crescimento que foi de 15,1% para 16,3%.
Conforme explicou o Instituto, é rotina “realizar uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos antes. Porém, em virtude do projeto de mudança do ano base do Sistema de Contas de 2010 para 2021, houve um trabalho adicional levando à definição de um período de transição em que a divulgação da série anual é suspensa temporariamente”.
Dessa maneira, os resultados apresentados trazem revisões referentes a 2023 e 2024, por conta das modificações nos dados primários, coloca o IBGE.
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Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, “na Agropecuária, a diferença entre o resultado revisto e o original pode ser explicada, em grande parte, pela incorporação de novas fontes estruturais anuais do IBGE que não estavam disponíveis na compilação anterior, como a Produção Agrícola Municipal, a Produção da Pecuária Municipal e a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura. Essas pesquisas foram incorporadas em substituição aos dados de pesquisas conjunturais”, afirmou.
A revisão que elevou o PIB de 2023 foi acompanhada da divulgação para o terceiro trimestre desse ano, que surpreendeu a todos com alta de 0,9%. O bom resultado pode fazer com que a projeção para o PIB anual seja revista pelo Ministério da Fazenda, assim como pelo FMI, IPEA, Banco Central e o mercado financeiro, todos com previsões que colocavam o crescimento econômico no mínimo em 3% para 2024 e que deverá subir ainda mais.