Atividade industrial atinge recordes em produção e emprego, em outubro

CNI divulga que, em outubro, desempenho do setor foi acima do comum para o período: índice de evolução da produção e o de evolução do número de empregados fechou o quarto mês consecutivo de alta

A contratação crescente na indústria tem atraído toda uma mão-de-obra que se qualifica para os avanços do setor. Foto Iano Andrade/CNI

O setor industrial brasileiro registrou um desempenho excepcional em outubro de 2024, evidenciando o impacto positivo das políticas de estímulo promovidas pelo governo. Dados da Sondagem Industrial, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram um aumento significativo na produção, no emprego e na utilização da capacidade instalada, consolidando o setor como motor do crescimento econômico.

Os indicadores ligados à atividade industrial sugerem que outubro foi um mês de atividade industrial elevada.

Produção industrial acima da média histórica

O índice de evolução da produção industrial alcançou 53,7 pontos em outubro, indicando um crescimento expressivo em relação a setembro. Esse desempenho supera o aumento usual para o período, associado ao tradicional aquecimento das vendas de fim de ano, e reflete uma demanda aquecida e estoques abaixo do planejado nos meses anteriores.

Este crescimento da produção em 2024 tem sido impulsionado por uma demanda consistente, que é sustentada por incentivos fiscais e programas de financiamento acessíveis para a modernização industrial. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi, em artigo, a reforma tributária e a iniciativa da Nova Indústria Brasil (NIB) são considerados passos na direção do avanço industrial. 

Mercado de trabalho aquecido

Outro destaque é o aumento do número de trabalhadores no setor industrial. O índice de evolução do emprego atingiu 51,2 pontos, marcando o quarto mês consecutivo de alta. Esse resultado contrasta com o padrão histórico de queda do emprego industrial nessa época do ano, reforçando a recuperação do mercado de trabalho no setor.

As políticas governamentais, como a ampliação de linhas de crédito para micro e pequenas empresas e o estímulo à capacitação profissional, têm sido determinantes para a geração de empregos. Segundo Lucchesi, no entanto, o setor aguarda os resultados do Plano Mais Produção (P+P), que centraliza os recursos financeiros da NIB, e prevê a aplicação de cerca de R$ 100 bilhões anuais até 2026 na promoção da produtividade, inovação, exportações e de uma indústria mais verde. A indústria aguarda ainda a efetivação de medidas como a lei de depreciação acelerada, que incentivará a renovação do parque industrial, e a implementação da Letra de Crédito ao Desenvolvimento (LCD), que deve dinamizar o financiamento para a expansão e inovação industrial. 

Capacidade instalada e investimentos em alta

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) chegou a 74% em outubro, dois pontos percentuais acima do mês anterior e três acima da média histórica para o período. Desde abril, o indicador permanece consistentemente elevado, mostrando que a indústria está operando em níveis de atividade robustos.

Além disso, o índice de intenção de investimento subiu pelo quarto mês consecutivo, atingindo 58,7 pontos em novembro, bem acima da média histórica de 52,2 pontos. Esse cenário reflete a confiança dos empresários nas condições econômicas. O governo tem aumentado a expectativa de crescimento do PIB exponencialmente, gerando otimismo no mercado.

Políticas públicas como diferencial

O desempenho acima da média do setor industrial é atribuído, em parte, a políticas públicas estratégicas. O governo federal tem investido em estímulos diretos, como ampliação de financiamentos pelo BNDES e programas de incentivo à inovação tecnológica.

Este fortalecimento do ambiente de negócios tem sido fundamental para garantir que a indústria brasileira responda rapidamente às demandas do mercado interno e externo.

Perspectivas positivas, apesar de moderação no otimismo

Embora os indicadores de expectativa tenham registrado leve queda em novembro, os empresários seguem confiantes na manutenção do bom momento para os próximos seis meses, com projeções de alta na demanda, exportações e contratações.

A indústria deve continuar desempenhando um papel central na economia brasileira, impulsionada por um ambiente de políticas públicas favoráveis, aumento da competitividade e estratégias de modernização.

Este cenário reflete um compromisso do governo com a reindustrialização e com o fortalecimento da economia, abrindo caminho para uma retomada sustentável e inclusiva nos próximos anos.

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