Feriado da Proclamação da República é marcado por atos contra escala 6X1
Manifestantes foram às ruas em apoio à proposta que acaba com a escala de seis dias de trabalho e um de descanso. O cruzamento da Paulista com a Brigadeiro, em São Paulo, ficou lotado
Publicado 15/11/2024 13:16 | Editado 16/11/2024 09:11
Manifestantes foram às ruas em cidades brasileiras neste feriado de sexta-feira (15) da Proclamação da República em apoio à proposta de emenda à constituição (PEC) que acaba com escala 6X1, ou seja, seis dias de trabalho e apenas um descanso.
A proposta possui 194 assinaturas de apoio na Câmara de parlamentares de diferentes espectros político. Assim, já possui número suficiente, o mínimo é de 171, para começar a tramitar na Casa.
O cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro, em São Paulo, foi tomado pelos manifestantes favoráveis à proposta.
“O Brasil precisa avançar como outros países já fizeram, sem se esquecer da produtividade, da economia, do pequeno, mas lembrando da demanda do trabalhador”, defende a autora da PEC, Erika Hilton (PSOL-SP), que tem como coautora a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
Leia mais: “Escala 6×1 é incompatível com a dignidade”, diz líder comerciário sobre PEC
Presente na Paulista, Erika diz que o ato demonstra a força do trabalhador brasileiro a favor da emenda.
“O povo está na rua pedindo que o Congresso analise a proposta, construa um texto e traga resposta para esse trabalhador cansado e precarizado”, disse do alto do carro de som.
As manifestações ocorreram nas capitais do país como Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Belém, Vitória, Porto Alegre.
No Recife, o ato teve a concentração da Praça 13 de Maio, na área Central da capital pernambucana, e ganhou as ruas da cidade. A manifestação foi organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Em Brasília, os manifestantes ocuparam logo cedo a Rodoviária do Plano Piloto. No Rio de Janeiro, o ato aconteceu na Cinelândia.
As manifestações contaram com apoio de diversas entidades do movimento social e sindical como UNE, Ubes, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de partidos políticos.