Feriado da Proclamação da República é marcado por atos contra escala 6X1

Manifestantes foram às ruas em apoio à proposta que acaba com a escala de seis dias de trabalho e um de descanso. O cruzamento da Paulista com a Brigadeiro, em São Paulo, ficou lotado

Ato na Avenida Paulista (Foto: Facebook/Aldo Meira Santos)

Manifestantes foram às ruas em cidades brasileiras neste feriado de sexta-feira (15) da Proclamação da República em apoio à proposta de emenda à constituição (PEC) que acaba com escala 6X1, ou seja, seis dias de trabalho e apenas um descanso.

A proposta possui 194 assinaturas de apoio na Câmara de parlamentares de diferentes espectros político. Assim, já possui número suficiente, o mínimo é de 171, para começar a tramitar na Casa.

O cruzamento das avenidas Paulista e Brigadeiro, em São Paulo, foi tomado pelos manifestantes favoráveis à proposta.

“O Brasil precisa avançar como outros países já fizeram, sem se esquecer da produtividade, da economia, do pequeno, mas lembrando da demanda do trabalhador”, defende a autora da PEC, Erika Hilton (PSOL-SP), que tem como coautora a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

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Presente na Paulista, Erika diz que o ato demonstra a força do trabalhador brasileiro a favor da emenda.

“O povo está na rua pedindo que o Congresso analise a proposta, construa um texto e traga resposta para esse trabalhador cansado e precarizado”, disse do alto do carro de som.

As manifestações ocorreram nas capitais do país como Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Belém, Vitória, Porto Alegre.

No Recife, o ato teve a concentração da Praça 13 de Maio, na área Central da capital pernambucana, e ganhou as ruas da cidade. A manifestação foi organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Em Brasília, os manifestantes ocuparam logo cedo a Rodoviária do Plano Piloto. No Rio de Janeiro, o ato aconteceu na Cinelândia.

As manifestações contaram com apoio de diversas entidades do movimento social e sindical como UNE, Ubes, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de partidos políticos.

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