Hezbollah nomeia ex-vice de Hassan Nasrallah como novo líder
Escolha acontece após a morte de Hashem Safieddine, líder do conselho do movimento libanês, durante ação de Israel. Qassem irá suceder Hassan Nasrallah, morto em 27 de setembro
Publicado 30/10/2024 11:26 | Editado 01/11/2024 08:50
O Hezbollah nomeou nesta terça (29) Naim Qassem o novo líder do grupo xiita libanês. Qassem irá suceder Hassan Nasrallah, morto em 27 de setembro em ataque israelense na capital Beirute. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o novo líder do Hezbollah não vai durar “por muito tempo”.
“O Conselho Shura [órgão diretivo do movimento] concordou em eleger o xeque Naim Qassem como secretário-geral do Hezbollah”, anunciou o movimento em um comunicado.
A indicação de Qassem ocorre após a morte de Hassan Safieddine, líder do conselho que era apontado como o sucessor de Nasrallah. Safieddine também foi assassinado em um ataque israelense.
Qassem, de 71 anos, fez parte dos fundadores do Hezbollah em 1982 e era vice-secretário-geral da formação político-militar desde 1991, um ano antes de Nasrallah assumir o controle. Ele nasceu em Beirute em 1953, no seio de uma família da cidade de Kfar Fila, na fronteira com Israel.
O agora líder do Hezbollah era o dirigente com o maior cargo no grupo que continuava aparecendo em público desde que Nasrallah começou a passar a maior parte do tempo escondido, após a guerra do Hezbollah contra Israel em 2006.
Desde a morte de Nasrallah, Qasem fez três discursos exibidos na televisão, utilizando um árabe mais formal que o libanês coloquial de seu antecessor. Em seus discursos televisivos, ele declarou que o Hezbollah apoiava os esforços para alcançar cessar-fogo em meio ao conflito com Israel, que se acirrou no último mês, quando o Exército judeu passou a atacar diretamente os membros do Hezbollah em incursões no território libanês
Após a nomeação de Qassem, o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que o novo líder do Hezbollah não vai durar ‘por muito tempo’.
“Nomeação temporária. Não por muito tempo”, escreveu o ministro na rede social X, ao lado de uma foto de Qassem.