Gustavo Gayer é alvo de operação da PF por desvio de cota parlamentar

Gayer usou verbas públicas para manter atividades privadas, segundo decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes

O bolsonarista radical Gustavo Gayer (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) cumpriu na manhã desta sexta (25) mandados de busca e apreensão, determinados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). A PF investiga uma associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos por meio de cota parlamentar. 

Os agentes apuram o uso de documentos falsos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Cerca de 60 policiais federais cumprem ao todo 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia (GO).

Os delitos investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

Na decisão, o ministro afirmou que a PF tem indícios de que o deputado bolsonarista usou assessores e verbas parlamentares para “desempenho de demandas privadas”.Segundo o jornal O Globo, as atividades privadas do deputado seriam uma loja e uma escola de inglês, que funcionava em um espaço alugado para ser um gabinete. 

“Os indícios colhidos pela Polícia Federal revelam que o Deputado Federal Gustavo Gayer teria empregado seus secretários parlamentares, remunerados com recursos públicos, para o desempenho de demandas privadas, bem como teria utilizado verbas públicas para manter, ainda que parcialmente, essas atividades privadas, uma vez que funcionariam em local custeado com verbas de cota parlamentar”, diz a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

As investigações preliminares da PF apontam que Gayer e seus assessores teriam se associado para criar uma organização social com o objetivo de desviar recursos. Em uma das evidências coletadas, os agentes destacam a descoberta de uma ata falsificada nos documentos de criação da entidade. O quadro social da organização seria formado por uma criança de nove anos.

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